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Primeiro-ministro egípcio forma gabinete

Por Da Redação
1 ago 2012, 14h26

O primeiro-ministro do Egito, Hicham Qandil, nomeou nesta quarta-feira os membros de seu governo, entre eles vários ministros da antiga gestão, em particular os das Relações Exteriores, Finanças e Defesa, anunciou a televisão estatal.

Mais de um mês depois da posse do presidente islamita Mohamed Mursi, Qandil recebeu os ministros de seu futuro gabinete, que deve ser formalmente apresentado na quinta-feira.

Sinal da forte influência do Exército, o marechal Hussein Tantaui, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) e atual ministro da Defesa, manterá seu posto, indicou à AFP uma fonte militar.

Tantaui permaneceu por vinte anos no cargo de ministro da Defesa durante o regime de Hosni Mubarak, e manteve esta pasta após a queda do regime, em fevereiro de 2011.

Como chefe do CSFA, assumiu a liderança do país após a renúncia de Mubarak pela pressão das ruas, e manteve-se nesta função até a posse de Mursi, em junho.

Os ministros das Finanças, Momtaz Al-Saeed, e das Relações Exteriores, Mohammed Kamel Amr, também vão manter suas pastas, de acordo com a emissora Nilo News, que não forneceu a lista completa do novo governo.

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O ministério do Interior, antes dirigido por Mohammed Ibrahim, passará para Ahmed Gamaleddine, um dos vice-ministros do Interior e ex-diretor de segurança do município de Assiut, ao sul do Cairo.

O ministério da Educação voltará para Mostafa Mossaad e o de Habitação para Tarek Wafik, duas figuras do partido político da Irmandade Muçulmana, o Partido para a Liberdade e Justiça, informou o PLJ.

O presidente Mursi presidirá a primeira reunião do novo governo na quinta-feira, após a tomada de posse dos ministros, indicou seu porta-voz, Yasser Ali, citado pelo site da Irmandade Muçulmana.

Qandil era ministro da Irrigação no gabinete do primeiro-ministro Kamal al-Ganzouri, nomeado no ano passado pelos militares e, atualmente, encarregado de expedir documentos gerais.

O novo primeiro-ministro, engenheiro formado na Universidade do Cairo e doutor pela Universidade da Carolina do Norte, ocupou altos cargos na administração egípcia, particularmente no âmbito do ministério da Irrigação.

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Qandil, encarregado no dia 24 de julho por Mursi para formar o novo gabinete, assegurou que seu governo seria composto por tecnocratas e que a escolha de seus ministros “não seria baseada na orientação” política, mas sim na competência.

Pouco conhecido fora dos círculos políticos, Qandil se apresenta como um homem religioso, declarou à jornalistas após a sua nomeação para o ministério da Irrigação que deixou sua barba crescer, “de acordo com a Sunnah” (a tradição de Maomé).

O primeiro-ministro designado, recentemente “exortou todas as forças políticas e o povo do Egito para nos apoiar nessa difícil missão”. “Devemos fazer todos os esforços para alcançar os objetivos da revolução”, afirmou.

O Egito, país mais populoso do mundo árabe com mais de 80 milhões de habitantes, vive desde a queda de Mubarak uma grave crise, marcada por um declínio do turismo, um colapso dos investimentos estrangeiros e um agravamento do déficit orçamentário.

Mursi, o primeiro presidente egípcio a não ser do Exército desde 1952, assumiu o cargo em 30 de junho. Os militares, que lhe devolveram o poder Executivo herdado de Mubarak, mantém, no entanto, o poder Legislativo, após a dissolução da Assembléia, em junho.

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