Primeiro-ministro da Coreia do Sul apresenta renúncia
Chung Hong-won abriu mão do cargo por se sentir culpado pela ineficiência do governo em conduzir a crise deflagrada pela balsa naufragada que deixou mais de 300 mortos e desaparecidos
Por Da Redação
26 abr 2014, 23h12
Veja.com Veja.com/VEJA.com
Publicidade
Publicidade
1/39 Parentes choram em frente ao memorial de vítimas do naufrágio do Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
2/39 Centenas de pessoas deixaram bilhetes e homenagens no memorial das vítimas do naufrágio do navio Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
3/39 Bandeira exposta em memorial homenageia as vítimas do naufrágio da embarcação Sewol no último dia 16, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
4/39 Barcos da Guarda Costeira e equipes de busca realizam operações de resgate na região do náufrago da embarcação Sewol, na Coréia do Sul (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
5/39 Na Coréia do Sul, parentes das vítimas do naufrágio do navio Sewol se abraçam. O acidente deixou mais de 170 mortos (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
6/39 Mergulhadores realizam operações de resgate na área onde o navio Sewol naufragou na região de Jindo, Coréia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
7/39 Mulher atende uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
8/39 Um parente de uma vítima da balsa que naufragou na Coréia do Sul reza junto ao mar no porto de Jindo (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
9/39 Mulher chora enquanto reza durante uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
10/39 Equipes de resgate operam na região onde uma balsa de passageiros naufragou em Jindo, na Coreia do Sul (Issei Kato/Reuters/VEJA)
11/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
12/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
13/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
14/39 Mar é contaminado com derramamento de óleo no local do naufrágio da balsa Sewol, a 20 km da costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
15/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Lee Jin-man/AP/VEJA)
16/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Dong-ju/Yonhap/Reuters/VEJA)
17/39 Equipes de resgate instalam boias marcando o local onde a balsa Sewol naufragou, na costa de Jindo, sul da Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
18/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
19/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
20/39 Monge budista reza pelos passageiros desaparecidos que estavam na balsa sul-coreana Sewol (Issei Kato/Reuters/VEJA)
21/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jeon Heon-Kyun/EFE/VEJA)
22/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
23/39 Estudantes Danwon High School seguram cartazes com mensagens para seus amigos que estão desaparecidos, após o desastre da balsa que naufragou com 475 passageiros em Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
24/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo, nesta quinta-feira (17) (Yonhap/Reuters/VEJA)
25/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
26/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
27/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Jung Yeon-JE/AFP/VEJA)
28/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (West Regional Headquarters Korea Coast Guard/News1/Reuters/VEJA)
29/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jung Yeon-Je/AFP/VEJA)
30/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
31/39 Menina é resgatada do navio Sewol que transportava cerca de 470 pessoas e naufragou na Coreia do Sul (Hyung Min-woo/Yonhap/Reuters/VEJA)
32/39 Mãe de um dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul se emociona ao encontrar o nome do filho na lista de sobreviventes (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
33/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Dong-A-Ilbo/AFP/VEJA)
34/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
35/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
36/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
37/39 Barco de resgate se aproxima de navio que naufragou (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
38/39 Horas após início do naufrágio, embarcação estava quase completamente submersa (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
39/39 Navio de passageiros afunda na costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Chung Hong-won, apresentou renúncia ao cargo nesta noite de sábado, manhã de domingo no país asiático, informou o canal de notícias americano CNN. Ao oferecer o posto, Hong-won declarou que se sente responsável pela ineficiência do governo sul-coreano em conduzir a crise deflagrada pelo acidente com uma balsa que deixou mais de 300 pessoas mortas e desaparecidas no último dia 16 no sudoeste do país. Segundo a CNN, Hong-won acredita que as críticas são merecidas e, por isso, já havia manifestado anteriormente o desejo de deixar o cargo, mas declarou que até então seu foco era encontrar sobreviventes. “O melhor que eu tenho a fazer é assumir a responsabilidade e renunciar”, declarou Hong-won, de acordo com a agência de notícias local Yonhap News.
A embarcação tinha 470 pessoas a bordo quando emitiu um sinal de socorro pouco depois das 9h (21h de Brasília) do último dia 16 a cerca de 20 quilômetros da ilha de Byungpoong, no sudoeste da Coreia do Sul. Dos 476 passageiros do navio, 325 seriam estudantes que realizavam uma viagem escolar para um resort na ilha de Jeju, ao sul da península coreana.
Prisões – O capitão da embarcação Lee Joon-Seok, 69 anos, permanece detido por ser acusado de cinco crimes, incluindo negligência e violação do direito marítimo. Pelo mesmo motivo, na quinta-feira passada, a Procuradoria-Geral da Coreia do Sul acusou de homicídio onze dos quinze membros da tripulação resgatados. Os procuradores acham que os tripulantes não fizeram qualquer operação de salvamento: protegeram-se na cabine enquanto esperavam para ser resgatados pela Guarda Costeira, informou a emissora sul-coreana Arirang.
Joon-seok e a maioria dos 28 membros da tripulação abandonaram a embarcação antes do naufrágio, quando centenas de passageiros estavam presos, o que provocou a indignação das famílias das vítimas.
Um dos sobreviventes, o vice-diretor da escola onde os alunos estudavam, ao sul de Seul, foi encontrado morto, um caso aparente de suicídio.
Um suboficial, e não o capitão, pilotava a balsa no momento da tragédia. “Era o terceiro-tenente que estava no comando no momento do acidente”, declarou o procurador-geral Park Jae-eok, em entrevista coletiva. O capitão não estava no leme, mas sim na popa, acrescentou o procurador.