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‘Primeiro falaram que era um transformador. Depois, bomba’, diz brasileira

Alice Ferreira Souza, de 35 anos, estava a passeio com o marido em Colombo, no Sri Lanka. Série de atentados antecipou volta para casa

Por Tatiana Yazbeck
21 abr 2019, 21h35

Eram oito horas da manhã, em Colombo, capital do Sri Lanka, quando a brasileira Alice Ferreira Souza, 35 anos, e o marido, Gustavo Mendes, 37, ouviram o barulho de sirenes de ambulâncias e de carros de polícia. Eles haviam acabado de chegar da Arábia Saudita, onde moram, e tomavam café da manhã em um hotel — os primeiros momentos de uma viagem curta, de dois dias de passeio. Naquele momento, a movimentação não parecia atípica, e Alice e Gustavo decidiram ir a pé até a mesquita de Red Masjid. No caminho, começaram a ouvir relatos de de quem estava na rua: “Primeiro disseram ser uma explosão em um transformador, mas logo depois começaram os comentários de que havia sido uma bomba”, conta Alice.

Logo foi confirmada a notícia de uma explosão no hotel Cinnamon, perto de onde eles estavam. O local foi um dos oito alvos escolhidos por terroristas nos ataques que aconteceram neste domingo, 21, no país. Até o momento, 215 pessoas morreram e 469 ficaram feridas, de acordo com o jornal The Times of India. Treze suspeitos foram presos.

Quando o casal chegou na porta do Cinnamon já havia um cordão de isolamento. Bombeiros e algumas pessoas ajudavam a levar corpos para as ambulâncias. O tumulto era grande, pois, além das vítimas e socorristas, havia também muitos curiosos, filmando e fotografando.

Hotel Cinnamon, em Colombo, no Sri Lanka, logo após atentado terrorista (Alice Souza/Reprodução)

Alice e Gustavo seguiram a pé e, no caminho, se depararam com mais dois hotéis atingidos: Shangri-La e Kingsbury. Em um restaurante próximo foram informados de que todos os estabelecimentos estavam fechando as portas. Após os ataques, o governo decretou estado de emergência, impôs um toque de recolher em todo o país – das 18h às 6h de segunda-feira, no horário local – e suspendeu as redes sociais, por considerá-las vulneráveis à divulgação de fake news que possam levar a população ao pânico.

Ali, o casal decidiu antecipar a volta para a Arábia Saudita. “Naquele momento já não conseguimos mais táxis e tivemos que pegar um tuk-tuk para seguir para o aeroporto”, diz Alice. No trajeto, que demorou mais de uma hora, receberam a notícia da explosão de uma igreja e ficaram ainda mais apreensivos. “Nós só conseguimos ultrapassar a barreira da polícia, no aeroporto, porque estávamos de tuk-tuk. Todos os carros eram parados e revistados”, conta.

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“Minha preocupação era avisar à minha mãe, no Brasil, que eu estava bem. Tive que usar a rede de internet do aeroporto para falar com ela.”

Alice se deparou com um aeroporto lotado de turistas querendo deixar o país. Durante o embarque, ela afirma que todos os passageiros foram revistados com bastante rigor. Às 18h30, horário local, Alice e o marido deixaram o país, em direção ao Bahrein. De lá, seguiram de carro para a Arábia Saudita, onde se encontram em segurança.

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