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Primeira sexta-feira do Ramadã é marcada por protestos no Egito

Partidários e opositores de Mursi convocaram manifestações no Cairo

Por Da Redação
12 jul 2013, 10h52

Defensores e adversários do presidente deposto Mohamed Mursi convocaram manifestações no Cairo para esta sexta-feira, a primeira do mês sagrado do Ramadã. O mês começou com tensões e incertezas políticas após os graves distúrbios dos últimos dias, marcados por enormes protestos, um golpe militar e confrontos que deixaram dezenas de mortos.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição.

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Os islamitas favoráveis a Mursi foram convocados para um protesto ao lado da mesquita Rabaa al-Adawiya, no bairro de Nasr City, que ocupam há quase duas semanas. Os partidários do novo governo, que assumiu o poder após o golpe militar de 3 de julho, devem protestar na Praça Tahrir e diante do palácio presidencial, no bairro de Heliópolis. A maior mobilização deve acontecer ao anoitecer, ao fim do período de jejum do Ramadã.

O mês sagrado para o mundo muçulmano tem sido tenso no Egito, o país de maior população do mundo árabe, com 84 milhões de habitantes. Durante a noite, um policial foi morto e outro ferido em um ataque contra um posto de controle na península do Sinai (nordeste). Uma delegacia foi atacada na cidade de El Arish, região que sofre com problemas de segurança desde a queda de Hosni Mubarak, em 2011. Os incidentes aumentaram desde a deposição de Mursi.

Quase 100 pessoas morreram desde a queda do ex-presidente, acusado de ter traído os ideais democráticos da revolta contra Mubarak, de má gestão e de servir aos interesses da Irmandade Muçulmana. Mursi foi o primeiro presidente da história do país eleito democraticamente.

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Na segunda-feira, poucos dias antes do início do Ramadã, 53 pessoas morreram e várias ficaram feridas em violentos distúrbios registrados durante uma manifestação a favor de Mursi diante da sede da Guarda Republicana. A Irmandade Muçulmana denunciou um “massacre” contra manifestantes pacíficos, enquanto o Exército afirmou que se defendeu de um grupo de “terroristas” que tentou atacar os soldados.

Divisão – A tensão entre as duas partes aumentou na quarta-feira, quando a promotoria do Egito emitiu uma ordem de prisão contra o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, por incitação aos distúrbios de segunda-feira. O governo dos Estados Unidos pediu o fim das “detenções arbitrárias” de membros da Irmandade, por considerar que as medidas contribuem para agravar a crise política. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu às novas autoridades que respeitem as “obrigações internacionais” na área dos direitos humanos.

Enquanto isso, prosseguem as negociações para a formação de um novo governo, dirigido pelo primeiro-ministro Hazem al-Beblawi. O premiê começará a conversar com candidatos a formar um ministério no domingo e na segunda-feira, para poder definir seu gabinete até o fim da próxima semana.

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(Com agências France-Presse e Reuters)

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