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Presos no paraíso: turistas ficam retidos nas Maldivas durante pandemia

Casal de sul-africanos em lua de mel passou dias sozinho em um resort cinco estrelas no arquipélago, com todos os funcionários e instalações disponíveis

Por Da Redação
Atualizado em 8 dez 2020, 16h35 - Publicado em 6 abr 2020, 11h47

Um casal de sul-africanos em lua de mel está retido nas Maldivas por conta dos bloqueios impostos por diversos países para conter a propagação da pandemia de coronavírus. De acordo com o jornal The New York Times, Olivia e Raul De Freitas passaram dias sozinhos em um resort cinco estrelas no atol de Vaavu, no meio do Oceano Índico, com todas as piscinas, funcionários e instalações do hotel totalmente disponíveis.

Os dois viajaram ao resort Cinnamon Velifushi Maldives em 22 de março, para ficar seis dias no local. Neste domingo 5 já eram os únicos hóspedes do hotel. Raul e Olivia ainda não sabem como retornarão à África do Sul, já que todos os aeroportos do país estão fechados.

Presos no paraíso

O casal relatou ao Times que antes da viagem já havia grande preocupação com a situação da pandemia do coronavírus. Entretanto, o agente de turismo que organizou sua lua de mel garantiu que não haveria problemas para o retorno à África do Sul. Na quarta-feira 1, contudo, os turistas foram notificados de que todos os aeroportos do país seriam fechados à meia-noite de quinta. Sem tempo suficiente para pegar um voo de volta para casa, decidiram ficar.

Os demais hóspedes, contudo, conseguiram voltar aos seus respectivos países. Com todas as instalações e funcionários do hotel disponíveis apenas para eles, os sul-africanos se dedicaram a aproveitar o paraíso, apesar das preocupações sobre o estado da pandemia. O casal passou seus dias descansando à beira da piscina, jogando tênis de praia e fazendo mergulho. Todos os dias, tiveram a seu dispor todos os funcionários do resort, que não foram dispensados, além de apresentações durante o jantar à luz de velas.

Mergulho oferecido pelo resort Cinnamon Velifushi Maldives, nas Maldivas
Mergulho oferecido pelo resort Cinnamon Velifushi Maldives, nas Maldivas (Cinnamon Velifushi Maldives/Divulgação)

Apesar dos privilégios, os turistas entraram em contato com o consulado da África do Sul nas Maldivas para pedir auxílio para um resgate. As autoridades locais, contudo, afirmaram que a única maneira do casal retornar ao seu país é dividindo os custos do aluguel de uma aeronave privada com os demais 40 sul-africanos que estão no arquipélago.

A proposta foi recusada pela maior parte do grupo, e Raul e Olivia começaram a ficar preocupados com as despesas, já que a cada dia sua conta no resort aumentava – as diárias no local custam a partir de 750 dólares. “Todo mundo diz que quer ficar preso em uma ilha tropical, mas só até isso acontecer”, disse Raul De Freitas ao NYT. “Só parece bom porque você sabe que pode ir embora”.

Nesta segunda-feira, 6, o casal foi transferido pelo consulado para outro resort nas Maldivas, onde os demais turistas de seu país também aguardam resgate. As despesas da hospedagem no novo local estão sendo divididas entre os hóspedes e o governo.

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Quarentena à beira mar

Apesar das Maldivas registrar apenas 19 casos de coronavírus, as autoridades locais já traçaram planos para lidar com a pandemia. Em maio, o Ministério do Turismo anunciou que ao menos 10 luxuosos resorts do arquipélago seriam transformados em centros para a realização de quarentenas.

Os hotéis disponibilizarão seus mais de 1.150 quartos e 2.220 camas para conter a emergência de saúde. Segundo o governo, a grande maioria dos infectados no país são estrangeiros.

No início de março, quatro resorts no arquipélago já haviam sido colocados em quarentena depois de casos de contaminação. Aproximadamente 2.000 pessoas foram impedidas de sair ou entrar nos resorts Kuredu, Vilamendhoo, Batalaa e Kuramathi.

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