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Presidente ucraniano deixou a capital, diz líder da oposição

Relatos indicam que Viktor Yanukovich, alvo dos protestos que tomaram conta do país, pode ter se refugiado em uma cidade perto da fronteira com a Rússia

Por Da Redação
22 fev 2014, 07h39

Em sessão extraordinária no Parlamento ucraniano, o ex-boxeador Vitaly Klitschko, principal voz da oposição, pediu a renúncia imediata de Viktor Yanukovich e a antecipação das eleições gerais para o dia 25 de maio

A Ucrânia amanheceu neste sábado sem saber onde está seu presidente. Em sessão extraordinária no Parlamento, o líder opositor Vitaly Klitschko confirmou o rumor que correu durante a madrugada: “Ele deixou a capital hoje”. Relatos indicam que Viktor Yanukovich, alvo dos protestos que tomaram conta do país, partiu da capital para a cidade de Kharkiv, perto da Rússia – onde o apoio ao governante é mais forte. De acordo com a rede BBC, os escritórios presidenciais em Kiev, que antes eram fortemente guardados por forças policiais, amanheceram sem proteção.

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O sumiço de Yanukovich acontece um dia após o governante ter assinado um acordo com a oposição visando encerrar a crise política no país. Mas o pacto, que previa a formação de um governo de coalizão e novas eleições, não foi suficiente para acalmar os milhares de ucranianos concentrados na Praça da Independência. Inflamada pelo cortejo de caixões de manifestantes mortos, a multidão exigia a renúncia do presidente neste sábado e ameaçava pegar em armas caso Yanukovich não deixasse o poder. Ao constatar a ausência das tropas de segurança nas ruas da capital nesta manhã, manifestantes comemoraram o controle total de Kiev e passaram a fazer a proteção dos principais pontos da cidade. Com a notícia do sumiço de Yanukovich, muitos celebraram também o “colapso” do governo.

Manifestantes comemoram controle de Kiev
Manifestantes comemoram controle de Kiev (VEJA)

Renúncias – Diante do novo cenário, o opositor Klitschko pediu no Parlamento a renúncia de Yanukovich e uma nova data para as eleições. “Milhões de ucranianos enxergam apenas uma opção: a antecipação das eleições presidenciais e parlamentares”, conclamou. Klitschko propôs a data de 25 de maio para o pleito – o prazo estabelecido no acordo de paz era dezembro. Durante a sessão extraordinária do Parlamento, dois aliados de Yanukovich renunciaram ao cargo, entre eles o presidente da Casa, Volodymyr Rybak, que alegou problemas de saúde.

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Mediado por representantes da União Europeia, o acordo firmado na manhã de sexta buscava colocar fim à prolongada crise política que assola o país do leste europeu. A assinatura do pacto aconteceu após confrontos sangrentos entre manifestantes e forças de segurança deixarem cerca de 100 mortos e 500 feridos nas ruas da Ucrânia. Para muitos ucranianos, no entanto, o acordo foi encarado como uma traição dos líderes opositores. O próprio Vitaly Klitschko recebeu vaias na Praça da Independência por ter negociado com Yanukovich, chamado de assassino pela multidão.

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