Taipé, 20 mai (EFE).- Taiwan deve manter sua política de fomento da paz com a China e a competitividade internacional com a liberalização comercial, acordos de livre-comércio e reforma para a justiça social, disse o presidente taiuanês Ma Ying-jeou, na cerimônia de posse para seu segundo mandato.
Ma reafirmou sua política em relação à China de ‘não independência, não unificação e não conflito’, e defendeu a soberania da ilha e sua política externa ‘factível’ para ampliar seu espaço internacional, perante cinco presidentes, dois vice-presidentes e oito primeiros-ministros de países aliados.
O presidente mostrou uma preocupação especial com a ‘competitividade internacional’ de Taiwan, que busca fomentar com políticas de ‘crescimento’, ‘justiça social’, ‘preservação do meio ambiente, e ‘desenvolvimento cultural’ e de ‘talentos’.
Durante seu primeiro mandato, o presidente taiuanês desbloqueou as negociações pragmáticas com a China e conseguiu a assinatura de 16 acordos, entre os quais destaca um similar a um tratado de livre-comércio.
Ma declarou uma trégua na luta com a China e manteve os laços com os 23 aliados diplomáticos da ilha, além da participação de Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde como observador.
Internamente, o líder enfrenta um crescente descontentamento em relação a suas políticas econômicas, devido à alta do preço da eletricidade, à desaceleração da economia e seu apoio à importação de carne bovina americana.
O número de descontentes com sua gestão atingiu 60% em uma recente pesquisa do jornal ‘Lianhe’ e, na vigília de sua posse, dezenas de milhares de taiuaneses, 38 mil segundo a Polícia e 100 mil segundo os organizadores, protestaram em Taipé.
Ma, do Partido Kuomintang, venceu nas eleições presidenciais do dia 14 de janeiro de 2012, com 51,60% dos votos, sobre a candidata do independentista Partido Democrata Progressista, Tsai Ing-wen, que obteve 45,63%. EFE