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Presidente iraniano faz breve visita à Bolívia antes de assistir à Rio+20

Por Por José Arturo Cárdenas
19 jun 2012, 18h35

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, assina nesta terça-feira, em La Paz, acordos de cooperação com o colega boliviano, Evo Morales, em uma visita relâmpago prévia à sua participação na cúpula Rio+20.

Ahmadinejad e Morales viajam juntos ao Rio de Janeiro, onde se celebra a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, anunciou o presidente boliviano, após assinar um acordo de combate às drogas com o colega iraniano em La Paz.

“Depois do ato vamos juntos ao Brasil, irmão presidente, para participar de um evento tão importante como é este sobre o tema do meio ambiente, que será debatido ao nível dos presidentes do mundo”, disse Morales em ato público no Palácio de governo.

O governo boliviano não deu detalhes sobre os acordos que serão assinados no ato público.

Ahmadinejad foi recebido pelo presidente Morales no aeroporto de El Alto, que atende La Paz e ali receberam honras militares.

Os dois chefes de Estado foram, em seguida, ao Palácio Quemado, sede do gabinete presidencial, para celebrar um encontro privado.

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Mais de uma centena de indígenas expressaram seu apoio, com bandeiras bolivianas e iranianas. Além disso, um camponês exibia um cartaz no qual se lia “sim ao programa nuclear do Irã”.

Por outro lado, as três organizações indígenas mais importantes do país e aliadas de Morales, emitiram um comunicado conjunto dando as “boas vindas ao presidente da República Islâmica do Irã, em mérito à sua convicção, consequência e solidariedade com nosso país”.

Ahmadinejad, que tem previsto visitar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em Caracas, após participar da Rio+20, faz a terceira visita à Bolívia desde 2007, quando os dois países estabeleceram em caráter inédito suas relações diplomáticas.

O esquerdista Morales retribuiu ao seu aliado político com duas viagens ao Irã, segundo números oficiais, e fortaleceu as relações da Bolívia, historicamente alinhadas aos Estados Unidos, até que o presidente assumiu o poder, em janeiro de 2006.

Irã e Bolívia assinaram acordos nos últimos anos de mais de US$ 1,1 bilhão de dólares para agricultura, mineração, hidrocarbonetos e saúde, e Teerã também pretende estudar a possibilidade de explorar lítio no andino Salar de Uyuni, a maior reserva do mundo.

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Em outra linha de crédito, aparecem outros US$ 240 milhões para fábricas de cimento, embora até agora não haja informe oficial do avanço dos desembolsos econômicos e das obras.

A chegada do governista a La Paz ocorre em um momento em que negociações complexas são celebradas em Moscou entre os países do chamado Grupo 5+1 e Irã sobre seu plano nuclear, onde há “divergências significativas”, segundo os últimos informes.

Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha pediram ao Irã que reduza consideravelmente o atual nível de sua capacidade de enriquecimento de urânio, atualmente a 20%, enquanto Teerã diz ser um direito do qual não abrirá mão.

Os presidentes de Estados Unidos e Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, disseram nesta segunda-feira que o Irã “deve empreender sérios esforços para recuperar a confiança internacional sobre a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear”.

Washington e Moscou advertiram que “para isso, Teerã deve cumprir seus compromissos completamente (…) e cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para solucionar rapidamente todos os assuntos pendentes”.

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