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Presidente executivo da BP deve deixar cargo até outubro

Segundo jornal britânico The Times, Tony Hayward sairá em dez semanas

Por Da Redação
21 jul 2010, 18h18

O presidente executivo da British Petroleum (BP), Tony Hayward, pode deixar o cargo nas próximas dez semanas, informou o jornal britânico The Times nesta quarta-feira. A saída dele ajudaria a petrolífera a melhorar sua imagem após o vazamento no Golfo do México. O nome mais cotado para substituí-lo é o do americano Robert Dudley, nomeado no mês passado para gerir a situação no Golfo.

Hayward vem sendo pressionado para se demitir desde que aconteceu a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no dia 20 de abril, provocando o maior desastre ambiental na história dos Estados Unidos. Segundo o The Times, há uma crescente expectativa de que ele anuncie sua saída no final de agosto ou setembro.

Uma pessoa ligada à empresa afirmou ao jornal: “As pessoas podem até não culpar Hayward pela situação, mas seria difícil encontrar alguém dentro da empresa que não pense que ele está irremediavelmente afetado, tanto pela sua ‘performance’ como pela situação em si.”

O executivo se tornou alvo da fúria dos americanos quando disse aos habitantes da costa do Golfo do México, em maio, que gostaria de ter sua “vida de volta”. Pouco tempo depois, ele foi duramente criticado por aproveitar o tempo livre para passear de iate com seu filho em vez de cuidar da mancha de petróleo.

A BP, no entanto, negou que Hayward deixará o cargo.

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Imagens manipuladas – Como se não bastassem todas as polêmicas envolvendo a atitude da empresa diante do vazamento, a BP reconheceu nesta quarta-feira que postou em seu site uma fotografia manipulada. A imagem mostra funcionários observando dez telões nos quais aparecem fotos submarinas da mancha de petróleo. Na imagem original, três das telas estavam em branco.

O porta-voz da BP, Scott Dean, disse que um fotógrafo da empresa utilizou o Photoshop para acrescentar imagens adicionais. Segundo Dean, a empresa teria dado ordens para editar imagens apenas em correções de cor e brilho.

Poço abandonado – O governo americano informou nesta quarta-feira que o vazamento mais importante detectado nos arredores do poço Macondo corresponde, na verdade, a um outro poço abandonado. “Não é raro que haja vazamentos nos arredores de poços abandonados”, declarou o almirante Thad Allen, que coordena o combate ao vazamento. Segundo dados oficiais, há mais de 25 mil poços abandonados no leito marinho do Golfo do México.

Allen disse que autorizou a BP a fazer testes por mais 24 horas para determinar a solidez da estrutura do poço Macondo. Segundo o almirante, os cinco vazamentos de menor importância detectados na boca do poço “são mais parecidos com uma goteira do que com um vazamento de importância”. Ele disse ainda que os vazamentos não indicam que a estrutura do poço tenha sofrido danos.

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Mais de 90 dias após o acidente, a principal preocupação do governo americano era que a estrutura subterrânea do poço estivesse danificada e que o petróleo estivesse penetrando em diversos pontos do solo marinho. Os testes no poço Macondo, realizados desde a última quinta-feira, mostravam-se satisfatórios, até que, no domingo, houve a suspeita de que havia um vazamento e outras anormalidades no poço, segundo o governo americano.

Novo método – A BP informou que pensa em usar um novo método para vedar o poço Macondo, com injeção de lodo pesado na boca do poço desde a superfície marinha. O processo, batizado de ‘Static Kill’ (‘Morte Estática’), será estudado nos próximos dois dias.

Esse procedimento é similar ao anterior, quando a companhia tentou injetar uma mistura de cimento e lodo pesado para vedar o poço, sem sucesso, em maio. A diferença é que agora a BP conta com um aparelho de contenção sobre o poço, que o mantém fechado e permitiria a injeção da mistura sob pressão e velocidade baixas, aumentando as chances de sucesso.

Desastre – A maré negra foi provocada pela explosão e naufrágio da plataforma petrolífera Deepwater Horizon no dia 20 de abril. O acidente, que matou 11 pessoas, também arrasou a vida dos habitantes dos estados do Texas, Louisiana, Mississipi, Alabama e Flórida, que vivem da pesca e do turismo. Segundo as estimativas mais recentes da BP, a catástrofe já custou quase 4 bilhões de dólares aos cofres da empresa.

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