Presidente do Afeganistão tentará obter reforço militar dos EUA
Em sua primeira viagem aos Estados Unidos como chefe de estado, Ashraf Ghani deve pedir apoio à Washingtion na luta contra grupos insurgentes
Em sua primeira viagem aos Estados Unidos como chefe de estado, o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, tem a chance de realizar um marco histórico, no sentido de estreitar a conturbada relação entre os dois países. O líder afegão tem, especificamente, uma tarefa difícil: acertar um compromisso firme de apoio militar americano em sua luta contra o Talibã e outros grupos insurgentes, incluindo uma filial do Estado Islâmico.
A viagem de uma semana começa nesta domingo. Ela acontece enquanto o exército afegão está travando sua primeira ofensiva contra o Talibã na província de Helmand, no centro-sul do país. O país busca uma vitória decisiva como prova de que pode levar adiante uma batalha sem os EUA e a Otan, que se retiraram do Afeganistão no final de 2014.
Ghani, que estava pessoalmente envolvido no planejamento da operação Helmand, lançada em fevereiro, pedirá aos EUA um apoio na ofensiva, incluindo suporte aéreo, disseram oficiais próximos ao presidente afegão.
O relacionamento de Ghani com Washington contrasta com o de seu predecessor, Hamid Karzai, cujo antagonismo para com os EUA culminou em uma recusa em assinar acordos de segurança com os EUA antes de deixar o cargo. Já Ghani assinou os acordos dias após se tornar presidente, em setembro, e desde então tem mantido uma relação próxima com diplomatas e chefes militares americanos.
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“É importante para o Afeganistão que os EUA tenham confiança nos líderes do país e utilizem esta visita para mostrar seu apoio ao novo governo”, disse o analista político afegão Jawed Khoistani. “A longo prazo, a presença americana no Afeganistão é essencial.”
Ainda existem 13 mil soldados estrangeiros no Afeganistão, cerca de 9,8 mil americanos, 3 mil da Otan – menos que o pico de 140 mil que estavam no país entre os anos de 2009 e 2010.
(Com Estadão Conteúdo)