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Presidente argentina encabeça ato central pelos 30 anos da guerra das Malvinas

Por Por Oscar Laski
1 abr 2012, 14h14

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, encabeçará na segunda-feira em Usuhaia, cidade no extremo sul do mundo, o ato central por ocasião do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas com a Grã-Bretanha, em meio a uma tensão diplomática pela disputa da soberania das ilhas.

Kirchner fará seu discurso ao meio-dia de segunda-feira para veteranos de guerra e manifestantes. Ela também inaugurará na Praça ‘Malvinas Argentinas’ uma chama eterna, assim como um monumento em memória dos 649 argentinos mortos no conflito, no qual também morreram 255 britânicos.

Ushuaia, a 3.200km ao sul de Buenos Aires e chamada “a cidade do fim do mundo”, é a capital da província da Terra do Fogo, cuja Constituição considera como parte de sua jurisdição as Ilhas Malvinas, ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1833 .

A cidade do Atlântico Sul, com cerca de 55.000 habitantes, cuja principal atividade é o turismo, está localizada a cerca de 760 km das Malvinas, muito distantes de Londres (cerca de 14.000 km).

Este é 30º aniversário da guerra de 74 dias, iniciada pelo governo argentino que reivindicava a soberania do arquipélago. O país ganhou apoio esmagador da América Latina.

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Países do Mercosul, como Brasil, Uruguai e Chile impedem a entrada de navios com bandeiras das Malvinas em seus respectivos portos, enquanto o Peru cancelou uma visita de uma fragata britânica em solidariedade com a Argentina.

Outras manifestações serão realizadas na segunda-feira em várias províncias da Argentina com a participação de veteranos, enquanto que em Buenos Aires grupos de esquerda expressaram sua oposição ao “colonialismo imperialista” britânico durante uma marcha até a embaixada do país europeu.

Estas organizações convocaram a população para “uma marcha nacional unida até a Embaixada Britânica, símbolo do colonialismo imperialista que veio para usurpar os territórios pela força, como em 1833”, explicam em um comunicado.

Enquanto isso, um grupo de intelectuais que se opõem ao governo de Kirchner, entre eles Beatriz Sarlo e o escritor Marcos Aguinis, questionaram a comemoração oficial do dia 2 de abril, lembrando “a tragédia dolorosa causada em 1982 por uma ditadura inescrupulosa exaltada hoje por um nacionalismo retrógrado”.

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Na véspera do aniversário, a Argentina vive uma onda de recordações do conflito com exposições fotográficas, conferências, eventos, artigos de imprensa, publicações novas e reedições de livros que abordam diferentes ângulos do conflito e seus derivados.

Em seu primeiro pronunciamento sobre o 30º aniversário da guerra, a Igreja Católica disse que a “guerra só traz morte e desolação” e ressaltou, através de sua Comissão Nacional de Justiça e Paz, que “a alternativa nunca mais deve ser a de violência”.

O governo argentino canaliza todas as suas reivindicações de soberania sobre as ilhas por via diplomática e a sua principal exigência é que a Grã-Bretanha cumpra as resoluções da ONU que exortam a ambos os lados o início de um diálogo.

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