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Premiê renuncia. Ministro das Finanças deve assumir

Por Da Redação
2 jun 2010, 09h36

O primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, e o segundo homem na hierarquia de seu partido renunciaram nesta quarta-feira para tentar aumentar as chances da legenda nas eleições do mês que vem. A saída dos dois acontece menos de um ano depois de assumirem com a promessa de realizarem mudanças.

A turbulência política pode atrasar os esforços para decidir os planos que seriam anunciados neste mês para cortar a dívida pública do país, que está atualmente em cerca de 200 por cento do PIB, e a estratégia para planejar o crescimento econômico em uma sociedade que está envelhecendo.

Mas se, como muitos esperam, o ministro das Finanças, Naoto Kan, um conservador no âmbito fiscal, assumir a direção, isso poderia aumentar as chances de medidas mais ousadas para conter a dívida, inclusive uma promessa de considerar um aumento no imposto sobre vendas, atualmente em 5 por cento.

O Partido Democrata do Japão (DPJ, na sigla em inglês) de Hatoyama marcou a história com sua vitória esmagadora nas eleições do ano passado, prometendo mudar a forma como o Japão foi governado por mais de 50 anos de confortáveis laços entre burocratas, empresas e legisladores sob a liderança do Partido Liberal Democrata (LDP).

Mas depois de oito meses de indecisão e promessas quebradas, Hatoyama, de 63 anos – apelidado “O Alienígena” por seus comentários excêntricos – se curvou sob a pressão de seu partido para renunciar antes das eleições para a câmara alta do Parlamento, que deve ocorrer em julho e que o partido precisa vencer para pode estabelecer suas políticas mais tranquilamente.

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Uma derrota nas eleições não tiraria o governo das mãos do DPJ, dada sua maioria na câmara baixa que tem maior poder, mas o bloco governista precisa de uma maioria para impedir que seus projetos de lei sejam paralisados.

Com lágrimas nos olhos, Hatoyama disse a parlamentares do partido que ele e o secretário-geral da sigla, Ichiro Ozawa, iriam renunciar.

Hatoyama mais tarde defendeu sua decisão, dizendo que sem apoio público, o governo não conseguiria atingir seus objetivos. “Então eu decidi que a minha renúncia serviria aos interesses do país”, disse ele a jornalistas. Hatoyama se torna o quarto líder consecutivo do Japão a deixar o cargo .

Aprovação – Os índices de aprovação de Hatoyama haviam despencado diante das dúvidas dos eleitores sobre sua liderança, enquanto a imagem de Ozawa como um mediador de poder à moda antiga, negociando nos bastidores, também desgastou o apoio público.

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Kan, visto como o mais provável sucessor de Hatoyama, disse a jornalistas que se candidataria a uma votação entre os legisladores da DPJ na sexta-feira. “Infelizmente não houve tempo suficiente durante o governo do primeiro-ministro Hatoyama para cumprir com as expectativas que as pessoas tinham quando votaram em nós no ano passado, então eu quero continuar tentando”, disse ele.

Um novo gabinete deve então ser formado na segunda-feira, mais rápido do que muitos haviam imaginado.

(Com agência Reuters)

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