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Premiê líbio é demitido após cargueiro furar bloqueio

Ali Zeidan não sobreviveu a voto de confiança. Ministro da Defesa será novo chefe do governo interino

Por Da Redação
11 mar 2014, 20h19

O ministro da Defesa da Líbia, Abdullah al-Thinni, foi nomeado chefe do governo interino depois que o Parlamento do país retirou seu voto de confiança ao primeiro-ministro Ali Zeidan. A saída do premiê ocorre depois de um cargueiro com bandeira norte-coreana deixar um porto controlado por rebeldes com 234.000 barris cheios de petróleo bruto. O Congresso Geral Nacional (CGN), como o Parlamento é chamado, convocou a votação após a confirmação de que o navio havia alcançado águas internacionais depois de furar um bloqueio montado pelo governo.

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O Ministro da Defesa Abdullah al-Thinni assume o cargo de primeiro-ministro da Líbia
O Ministro da Defesa Abdullah al-Thinni assume o cargo de primeiro-ministro da Líbia (VEJA)

A desconfiança sobre a gestão de Zeidan aumentou após funcionários governistas terem dito na segunda-feira que o cargueiro estava “totalmente sob controle”. Rebeldes ocupam os três principais portos da costa leste da Líbia desde agosto e dizem que só deixarão as instalações se houver uma maior divisão das reservas de petróleo e se o governo concordar em conceder autonomia à região de Cirenaica (nome da antiga província romana).

Mesmo antes do incidente com o cargueiro, o CGN, que é a principal instância política da Líbia, já havia feito tentativas de censurar Zeidan, sem que a maioria necessária de 120 votos (de um total de 194) fosse alcançada. Nesta terça, foram 124 votos contrários ao governo. O premiê era frequentemente criticado por não ter restabelecido a segurança do país, dois anos após a queda do regime de Muammar Kadafi. Aliado dos governos ocidentais que comandaram a operação contra Kadafi, Zeidan foi sequestrado no ano passado por um grupo armado que o acusava de corrupção.

Desde que assumiu o cargo, em novembro de 2012, Zeidan e o Congresso se acusavam mutuamente de serem responsáveis pela situação do país. O CGN também tem recebido críticas, principalmente depois de ter prorrogado seu próprio mandato por mais dez meses, até o fim deste ano. Depois desta decisão, o governo estabeleceu um novo calendário eleitoral, mas não houve consenso sobre como o novo presidente seria escolhido. Para contornar a situação, decidiu-se que o futuro Parlamento definirá os moldes da disputa presidencial. Detalhe: não se sabe quando novos parlamentares serão eleitos.

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