Premiê italiano diz que pretende deixar o cargo em abril
Monti disse que não pretende permanecer como premiê depois das eleições
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse nesta segunda-feira que prefere deixar o cargo após as eleições de abril. Sua permanência no cargo é defendida pelos que acreditam que a continuidade ajudaria a recuperar a confiança dos mercados na economia italiana.
Em setembro, Monti havia dito que, devido a um senso de responsabilidade perante o país, continuaria como primeiro-ministro se as eleições não apontassem um candidato com uma clara liderança. No entanto, quando foi questionado nesta segunda-feira sobre sua vontade de permanecer como premiê, a resposta foi ‘não’.
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Monti foi nomeado chefe de um governo tecnocrata em novembro do ano passado depois que a crise financeira obrigou a demissão do então primeiro-ministro, Silvio Berlusconi. Os empresários da Itália defendem a permanência de Monti no poder para dar continuidade às reformas estruturais e para manter a confiança dos mercados.
Antes de ser impossibilitado pela Justiça de voltar ao poder, Berlusconi havia dito que não tentaria se candidatar a primeiro-ministro novamente, e que apoiaria Monti. O ex-primeiro-ministro foi sentenciado à prisão no escândalo envolvendo o império midiático Mediaset. Ainda cabe recurso.