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Premiê israelense acusado de suborno, fraude e quebra de confiança

Benjamin Netanyahu, que está lutando para manter-se no poder, foi indiciado por três casos envolvendo magnatas da mídia e um produtor de Hollywood

Por Da Redação
Atualizado em 21 nov 2019, 14h22 - Publicado em 21 nov 2019, 13h49

O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi acusado nesta quinta-feira, 21, de suborno, fraude e quebra de confiança pelo procurador-geral Avichai Mendelblit.

As acusações são referentes a três notórios casos de corrupção no país: os Casos 4000, 2000 e 1000. A decisão ocorre após uma audiência de quatro dias com a equipe de defesa de Netanyahu em outubro, seguida por semanas de discussão nos escritórios do procurador-geral.

O Caso 4000 é considerado o mais grave, devido ao indiciamento por suborno. O atual primeiro ministro é acusado de, enquanto ministro da comunicação, ter feito medidas regulatórias para beneficiar o magnata Shaul Elovitch, dono da companhia de telecomunicações Bezeq, em troca de uma cobertura de notícias favorável a ele no site Walla News.

Na transação, Elovitch faturou cerca de 500 milhões de dólares para pressionar seus editores a atender as demandas de Netanyahu e sua esposa.

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O Caso 2000 envolve uma série de encontros entre o premiê e Arnon Mozes, editor do jornal diário israelense Yedioth Ahronoth, em que ambos supostamente discutiram um toma-lá-dá-cá. Netanyahu ficaria incumbido de diminuir a circulação do jornal rival Israel Hayom, e em troca Mozes faria uma cobertura favorável do político.

Arnon Milchan, produtor bilionário de Hollywood (“Uma Linda Mulher”, 1990), e James Packer, empresário australiano, estão no centro do Caso 1000, em que o líder israelense é acusado de receber presentes dos amigos magnatas em troca de favores.

Segundo o indiciamento, Netanyahu e membros de sua família receberam charutos e champanhe dos dois ao longo de vários anos. O procurador-geral Mendelblit escreve na acusação que o primeiro ministro se colocou em conflito de interesses e usou seu cargo público para receber presentes.

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É a primeira vez que alguém no cargo de premiê é acusado de suborno. A situação inédita na história do país faz com que os sistemas legais e políticos de Israel invadam um território desconhecido, e ainda não é claro se Netanyahu poderia obter imunidade caso vencesse uma nova eleição, reporta o jornal israelense Haaretz.

Atualmente, o país encontra-se em impasse eleitoral. É a primeira vez, desde que foi fundado em 1948, que nenhum dos dois primeiros líderes partidários (Netanyahu e Benny Gantz) a receberem um mandato para formar um governo e assumir o cargo de premiê fracassam.

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