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Trump pressionou premiê da Austrália a minar investigação sobre a Rússia

Denúncia do jornal 'The New York Times' foi confirmada pelo governo australiano; pedido ocorreu durante conversa por telefone entre Trump e Scott Morrison

Por AFP Atualizado em 1 out 2019, 09h49 - Publicado em 1 out 2019, 01h08

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, que ajudasse o procurador-geral dos EUA, Bill Barr, a reunir dados para desacreditar o caso sobre a suposta ingerência russa nas eleições de 2016, confirmou nesta terça-feira, 1, o governo australiano.

A denúncia havia sido realizada pelo jornal The New York Times, que citando dois funcionários americanos não identificados revelou que o pedido ocorreu durante recente conversa por telefone entre Trump e Scott Morrison.

Um porta-voz do governo australiano confirmou o pedido de Trump, assinalando que a Austrália “está sempre pronta para cooperar com os esforços para esclarecer assuntos que estão sob investigação”.

“O primeiro-ministro confirmou esta disposição em conversa com o presidente” Trump.

Segundo o Times, a Casa Branca restringiu o acesso à transcrição do telefonema, como ocorreu com a polêmica conversa recente entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

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A conversa com Zelensky sobre uma investigação envolvendo o filho do pré-candidato democrata Joe Biden provocou a abertura de um processo de impeachment contra o presidente americano.

O departamento de Justiça está realizando uma investigação sobre as origens da ação do procurador-especial Robert Mueller envolvendo a interferência russa na eleição presidencial de 2016, que Trump tem denunciado como uma “caça às bruxas”.

Segundo o Times, Trump telefonou para Morrison e pediu sua ajuda na revisão realizada pelo departamento de Justiça sobre a origem da investigação de Mueller e pediu que falasse com Barr.

A investigação original do FBI sobre a interferência russa na eleição presidencial de 2016 foi deflagrada com base em informações de funcionários australianos, segundo o Times.

Já o jornal Washington Post informou que Bill Barr manteve várias reuniões fora dos EUA com funcionários de inteligência extrangeiros, em um esforço para questionar a conclusão de investigadores americanos de que Moscou ajudou Trump a vencer as eleições de 2016.

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De acordo com o Washington Post, além de contatar o líder australiano, Barr se reuniu com a inteligência britânica e na semana passada esteve na Itália, com o promotor John Durham, pedindo ajuda a Roma sobre a investigação do caso russo.

O Post avaliou que Barr corre o risco de parecer estar utilizando seu poder como titular do departamento de Justiça para ajudar politicamente Trump, alvo de um processo de impeachment.

A investigação de Mueller sobre a interferência russa nas eleições foi concluída em março, com a identificação de numerosos atos de conluio entre membros da campanha de Trump e Moscou, mas o procurador especial não encontrou suficiente material para denúncias criminais.

Trump pediu outra investigação sobre o que chamou de “caça às bruxas“.

O departamento de Justiça designou então Durham para analisar as origens da investigação de Mueller, incluindo a evidência que levou CIA, FBI e outras agências de inteligência a declarar que a Rússia interferiu em 2016 para ajudar Trump.

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