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Premiê apresenta renúncia; nome de substituto sairá em breve

Giorgio Napolitano, presidente da Itália, vai se reunir com membros do Parlamento para determinar a formação de um novo governo até amanhã

Por Da Redação
14 fev 2014, 11h50

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, renunciou oficialmente ao cargo, nesta sexta-feira, perante o presidente da República, Giorgio Napolitano, depois de passar menos de dez meses no poder. Napolitano iniciará consultas ainda nesta sexta para a formação de um novo Executivo e o indicado para ser o novo primeiro-ministro deve ser conhecido em breve, diz a nota. A renúncia de Letta foi acordada nesta quinta-feira, após uma reunião entre dirigentes do Partido Democrático (PD), que lidera a coalizão de centro-esquerda que sustenta o governo.

O jovem Matteo Renzi, de 39 anos, atual prefeito de Florença e secretário do Partido Democrático é o favorito para liderar um governo de coalizão até 2018, data das próximas eleições. A nova centro-direita, o partido de Angelino Alfano, atual vice-presidente do governo e dissidente do partido de Silvio Berlusconi, anunciou que apoiará um eventual governo de Renzi embora com algumas condições, da mesma forma que o grupo Escolha Cívica, outra corrente política de direita.

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No comunicado oficial informando a renúncia de Letta, a Presidência reconhece que o PD “votou a favor de uma mudança no governo. Assim, faltou o apoio determinante do principal membro da maioria do governo”. Napolitano comunicou que abrirá a rodada de consultas com as forças parlamentares e espera determinar um novo nome para assumir o principal cargo Executivo no país até amanhã. A nota complementa que o objetivo da Presidência da República da Itália é “levar a uma eficaz solução da crise, nesta delicada fase econômica que o país atravessa e para enfrentar o mais rápido possível o exame da nova lei eleitoral e outras reformas institucionais urgentes”. A possibilidade de convocar eleições é remota e o próprio Napolitano assegurou que era ‘tolice’ quando os jornalistas lhe perguntaram pela hipótese na quarta-feira passada.

A situação de queda de um primeiro-ministro e sua substituição por outro nome da mesma coalizão, sem realização de eleições, não é novidade na Itália. Recentemente, esse mesmo procedimento aconteceu após a renúncia de Silvio Berlusconi em novembro de 2011, substituído por Mario Monti, que deixou o cargo em abril de 2013. Letta, de 47 anos, apresentou sua renúncia a Napolitano após presidir seu último Conselho de Ministros, no qual realizou um brinde de despedida com seu Executivo.

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O primeiro-ministro tinha sido eleito por Napolitano em abril de 2013 para formar um governo de coalizão que tirasse o país do atoleiro ao qual lhe tinham conduzido os resultados das eleições de fevereiro. Letta chegou por volta das 13 horas locais (10 horas de Brasília) ao Quirinale, sede do governo italiano, e se reuniu durante meia hora com Napolitano, de 88 anos. “Vou renunciar. Agradeço a quem me ajudou”, escreveu Letta em seu perfil no Twitter enquanto se dirigia ao Quirinale e acrescentou uma das máximas que repetia sobre seu trabalho no governo: “Todo dia como [se fosse] o último”.

A mudança de comando é mais um obstáculo para a terceira maior economia da zona do euro, que vive crises políticas recorrentes e sofre com seus arranjos políticos, que dificultam a formação e a estabilidade de qualquer administração. Desde 1946, o país teve mais de sessenta governos diferentes.

(Com agência EFE)

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