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Potências iniciam fase crucial de conversações com Irã

O prazo limite para tentar alcançar um acordo definitivo com Teerã é 20 de julho. Diplomatas ocidentais estão pessimistas com avanço das negociações

Por Da Redação
14 Maio 2014, 12h15

Seis potências mundiais e o Irã iniciaram em Genebra uma decisiva fase de conversações diplomáticas, nesta quarta-feira, para delinear um acordo duradouro que restringiria a contestada atividade nuclear iraniana em troca do fim gradual das sanções que têm prejudicado a economia do país. Após três meses de variadas expectativas, as partes agora buscam formular um pacote de acordos para encerrar anos de antagonismo. Se o distanciamento dos Estados Unidos e Irã, que já dura décadas, for revertido, uma aproximação poderia melhorar a estabilidade internacional. Mas as autoridades americanas já alertaram contra o excesso de otimismo dadas as persistentes e grandes diferenças entre as partes.

Nos próximos dois meses, os EUA, a Rússia, a China, a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha vão tentar fazer com que o Irã concorde em cortar radicalmente seu programa de enriquecimento de urânio, que as potências temem que possa levar à produção de bombas atômicas. Já o Irã deseja a eliminação das sanções contra o país, cuja economia é baseada no petróleo e sofre com o estrangulamento causado pelas restrições internacionais.

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Diplomatas de ambos os lados disseram que querem resolver todos os pontos mais difíceis, como a capacidade do Irã de enriquecer urânio e o futuro de suas instalações nucleares, assim como um cronograma para o alívio nas sanções até o prazo limite de 20 de julho. Após esse prazo, o acordo interino, firmado em novembro, vai expirar e sua prorrogação provavelmente complicaria as negociações. Mas um acordo em dois meses ainda está longe de ser assegurado, já que diplomatas ocidentais alertam que certas diferenças podem ser intransponíveis.

“Francamente, isso é muito, muito difícil”, afirmou uma autoridade sênior dos EUA a repórteres antes do começo das conversas, sob condição de anonimato. “Eu alertaria as pessoas para que, apenas porque vamos delineá-lo, isso não significa que um acordo seja iminente ou que é certo que eventualmente chegaremos a uma resolução”, acrescentou. Um porta-voz da chefe da política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, que coordena a diplomacia com o Irã em nome dos seis países, disse que os negociadores tiveram uma “discussão inicial útil” na manhã desta quarta-feira e que realizariam encontros de coordenação mais tarde.

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“Estamos agora esperando que eles entrem na nova fase de negociações na qual começaremos a montar as linhas gerais do que pode ser um acordo. Todos os lados estão amplamente comprometidos”, afirmou o porta-voz. Obscurecendo o pano de fundo das negociações estão as ameaças feitas por Israel – país que enxerga o Irã como uma ameaça à sua existência – de atacar as instalações nucleares do Irã se julgar que a diplomacia não foi suficiente para conter o potencial atômico de Teerã.

O presidente dos EUA, Barack Obama, também não descartou como última opção o uso de ação militar. Mas, em uma perspectiva mais ampla, as seis potências querem garantir que o programa iraniano seja restringido o suficiente para que o Irã leve um longo tempo para juntar componentes para uma bomba nuclear, se assim decidir. A República Islâmica diz que quer apenas energia nuclear pacífica.

(Com agência Reuters)

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