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Porto Rico ordena revisão de número de mortes do furacão Maria

Jornais americanos estimam que ao menos mil pessoas teriam morrido; registro oficial é de 64 mortes

Por Da Redação 18 dez 2017, 20h19

O governador de Porto Rico ordenou nesta segunda-feira uma revisão das mortes ocorridas no território americano após a passagem do furacão Maria.

A decisão foi tomada após a publicação de várias reportagens na imprensa americana que mostravam que o saldo de vítimas fatais foi muito maior do que a contagem oficial, que registrou 64 mortes.

Porto Rico vem lutando para se reerguer desde que o furacão Maria, o mais forte dos últimos noventa anos, atingiu a ilha no dia 20 de setembro.

Três meses depois, cerca de um terço do território está sem eletricidade e 500 pessoas continuam em abrigos, segundo o governo local.

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Apesar da escala da devastação, o governo diz que 64 pessoas morreram devido ao furacão, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou o número de mortes relativamente baixo. Em comparação, o furacão Katrina, um dos maiores a atingir os Estados Unidos, deixou 1.833 mortos em 2005. 

Diversas reportagens argumentaram que o saldo de mortes provavelmente foi muito maior. No início deste mês o jornal The New York Times disse que cerca de mil pessoas podem ter morrido nas semanas posteriores ao furacão porque a infraestrutura porto-riquenha, inclusive os hospitais, sofreu sérios danos.

Segundo o jornal, pessoas que faziam tratamento de hemodiálise ou dependiam de aparelhos para respirar foram duramente afetadas pela falta de energia elétrica causada pela passagem do furacão. Sem ar condicionado, idosos e crianças que já estavam doentes ficaram ainda mais fragilizados. Os danos causados a estradas também dificultaram o acesso de ambulâncias e médicos.

Ricardo Rossello, o governador de Porto Rico, reconheceu a possibilidade apontada pelas reportagens de haver mortes relacionadas à passagem do furacão sem o devido registro.

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“É por isso que ordenei que o Cartório Demográfico de Porto Rico e o Departamento de Segurança Pública conduzam uma revisão e uma inspeção minuciosas de todas as mortes que ocorreram desde que o furacão Maria passou, independentemente do que o certificado de mortes diz”, afirmou Rosello.

“Sempre acreditamos que o número de mortes relacionadas ao furacão aumentaria à medida que recebêssemos mais informações factuais  não boatos  e esta revisão permitirá que contemos todos corretamente.”

A tempestade cortou a energia e a telefonia celular, derrubou árvores, destruiu 230 mil casas e danificou outras 400 mil.

(com Reuters)

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