Por segurança, EUA esvaziam embaixada na Líbia
Recomendação do secretário americano John Kerry é que todos os americanos deixem o país em função dos intensos confrontos na capital do país, Trípoli
Os Estados Unidos esvaziaram neste sábado a sede de sua embaixada na Líbia e recomendaram a todos os americanos deixarem o país imediatamente em função dos intensos confrontos que se prolongam na capital Trípoli há quase duas semanas. Segundo o secretário americano de Estado, John Kerry, o país decidiu pela saída devido a um “risco real” para a população no país.
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Embora o local já operasse com uma equipe reduzida, os funcionários que permaneciam na representação diplomática saíram em direção à Tunísia, horas após o governo interino líbio alertar que o Estado poderia “naufragar” em função aos confrontos entre milícias rivais pelo controle do aeroporto de Trípoli.
A informação foi confirmada por meio de um comunicado oficial escrito pela porta-voz adjunta de Estado, Marie Harf. “Estamos comprometidos em apoiar o povo líbio durante este período de desafios, e analisamos todas as opções para um retorno permanente a Trípoli depois que a segurança em terra melhorar”, informou.
John Kerry explicou que os Estados Unidos suspenderam suas operações diplomáticas na Líbia, mas que não vão fechar sua embaixada. Em 2012, americanos sofreram um ataque de militantes contra uma legação diplomática na cidade de Benghazi (leste), no qual o embaixador Chris Stevens e três membros da equipe americana morreram.
Novos confrontos explodiram na sexta-feira entre milícias líbias que lutam para tomar o controle do aeroporto internacional de Trípoli, palco de combates desde 13 de julho que provocaram o fechamento imediato das conexões aéreas do país com o resto do mundo. Nos recentes confrontos, ao menos 47 pessoas faleceram e outras 120 ficaram feridas, segundo o ministério da Saúde líbio.
(Com agência Efe)