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Por decreto, Trump acabará com a separação de famílias na fronteira

Em paralelo, a Câmara dos Representantes deve votar amanhã projeto de lei para impedir a divisão de famílias de imigrantes ilegais

Por Da Redação
Atualizado em 20 jun 2018, 17h16 - Publicado em 20 jun 2018, 15h45

Em uma guinada em sua posição sobre as famílias de imigrantes ilegais presos na fronteira com o México, o  presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira 20 que assinará um decreto para acabar com a separação entre pais (ou tutores) e filhos. A medida, indicou ele, será preventiva.

A expectativa da Casa Branca é encerrar a polêmica nos Estados Unidos, em especial dentro da sua base partidária republicana, sobre a política de tolerância zero conduzida pelo presidente. A separação das famílias provocou indignação da primeira-dama, Melania Trump, e de países e organizações internacionais.

Segundo o jornal Washington Post, o novo plano de Trump manterá juntos os membros de cada família enquanto aguardam o processo judicial por ingresso ilegal aos Estados Unidos. A medida, assinala o jornal, poderá violar uma determinação da Justiça de 1997, que limita a duração da detenção de crianças.

“Temos de ser muito fortes na fronteira, mas ao mesmo tempo queremos demonstrar muita compaixão”, disse Trump, na Casa Branca, durante um encontro com deputados. As imagens de crianças chorando e presas em gaiolas, dentro de centros de detenção, foram mais incisivas na opinião pública do que o discurso do presidente americano em favor de medidas drásticas contra a imigração ilegal.

Uma fonte do governo disse à rede de televisão CNN que o Departamento de Justiça americano estava trabalhando no decreto presidencial desde a manhã desta quarta-feira.

A política de intolerância zero, anunciada pelo governo Trump em abril, permite que imigrantes apreendidos cruzando ilegalmente a fronteira com o México sejam processados e separados dos filhos. A medida tem causado indignação dentro e fora dos Estados Unidos, principalmente após a divulgação de imagens e áudios de crianças imigrantes dormindo em jaulas e chorando.

Projeto sobre migração vai a voto

Paralelamente, o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, afirmou nesta quarta-feira que colocará amanhã em votação na Casa um projeto de lei sobre imigração que encerraria a prática do governo de separar famílias de imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente.

“Podemos reforçar nossas leis imigratórias sem separar famílias”, disse o parlamentar. “Espero que consigamos aprovar (o projeto de lei) amanhã.”

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Até ontem, Trump recusava-se a reverter essa política unilateralmente e exigia do Congresso o fim de  “brechas legais” de um “sistema quebrado” de imigração. Líderes republicanos na Câmara têm reunido votos para aprovar a proposta anunciada por Ryan, descrita por eles como um “compromisso” entre conservadores e moderados do partido para atender a cada um dos “quatro pilares” exigidos por Trump na frente imigratória.

Além de aprovar o uso de 25 bilhões de dólares para construir um muro ao longo da fronteira sul dos EUA, a medida ofereceria seis anos de status legal renovável a jovens imigrantes levados ao país por seus familiares e que morem em solo americano sem autorização.

O projeto também encerraria o programa de loteria de vistos, que torna elegíveis a uma permissão de residência nos Estados Unidos de 55.000 pessoas provenientes de  países sub-representados na população americana. Também acabaria com o programa de vistos baseado em parentesco.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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