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Policiais envolvidos na morte de brasileiro na Austrália não enfrentarão ação criminal

Juíza do caso recomendou que os agentes sejam alvo de medidas disciplinares

Por Da Redação
14 nov 2012, 04h09

A Justiça australiana considerou que a polícia do país agiu de modo “imprudente, perigoso e selvagem” na ação que resultou na morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti na cidade de Sydney. Apesar disso, a juíza do caso decidiu que não houve crime e recomendou medidas disciplinares contra os envolvidos.

O brasileiro foi morto em março deste ano, após roubar um pacote de bolachas em uma loja de conveniência e ser perseguido por policiais. Roberto, que havia ingerido LSD e aparentava estar fora de si, foi imobilizado, algemado e mesmo assim recebeu 14 disparos de pistolas elétricas (Tasers) e descargas de spray de pimenta no rosto.

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A juíza Mary Jerram constatou nesta quarta-feira que houve abuso de força na ação e assinalou que a morte do brasileiro poderia ter sido evitada se não fosse o comportamento brutal dos policiais. “É claro que ele havia consumido drogas ilícitas – como se tornou comum na sociedade de hoje -, mas ele não havia cometido nenhum crime grave, não era uma ameaça para ninguém. Não houve qualquer tentativa da polícia de considerar o seu estado mental”, declarou.

A magistrada recomendou que os cinco policiais envolvidos no incidente sejam alvo de medidas disciplinares e pediu a revisão dos critérios no uso de Tasers e no treinamento dos oficiais mais jovens.

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Jerram também indicou que não foi possível determinar a causa exata do óbito de Roberto, considerando que muitos fatores contribuíram para sua morte.

Recurso – Segundo a emissora australiana ABC, embora tenha recebido bem as conclusões da juíza sobre a ação, a família de Roberto Curti pressiona para que os policiais sejam incriminados judicialmente pela morte do rapaz. Em um depoimento para o canal Globo News, o tio da vítima, Domingos Laudisio, estuda entrar com um recurso contra a decisão. “A princípio existe essa possibilidade. A tortura é um crime internacional e ficou plenamente caracterizada nas próprias transcrições das audiências”, afirmou.

(Com agência EFE)

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