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Polícia irlandesa devolve duas crianças retiradas de pais ciganos

Autoridades agiram após caso semelhante ocorrer na Grécia. Testes de DNA, no entanto, confirmaram que as crianças levadas pelos serviços sociais eram filhas dos ciganos.

Por Da Redação
23 out 2013, 17h59

Duas crianças que haviam sido retiradas de casais ciganos na Irlanda foram devolvidas nesta quarta-feira após a confirmação da paternidade por meio de testes de DNA. Segundo o jornal The Guardian, trata-se de um menino de dois anos recolhido em Athlone, na região central do país, e uma menina de sete anos, retirada dos pais em Dublin.

A desconfiança de que a menina não fosse filha do casal surgiu quando policiais foram investigar uma denúncia na casa dos ciganos, originários da Romênia, e não ficaram satisfeitos com os documentos apresentados para provar o parentesco. Logo depois de realizarem buscas, eles levaram a menina e a entregaram para assistentes sociais.

De acordo com o jornal Irish Times, o resultado do teste de DNA da menina foi divulgado para a imprensa por outra filha do casal, de 18 anos. A jovem afirmou que a família ficou feliz com a confirmação do teste, mas que sua irmã “ficou traumatizada com a experiência de ter sido levada”. Um ativista dos direitos das comunidades ciganas disse que pedirá a abertura de um inquérito para apurar o caso. “Estamos muito preocupados. Esperamos que isso não seja uma espécie de perseguição às crianças ciganas que não têm pele escura ou olhos marrons”, disse Martin Collins, do grupo Pavee Point. A menina separada dos pais é loira e tem olhos azuis.

Já o pai do menino disse estar profundamente aliviado com o desfecho positivo do caso. Ele disse que desafiou os policiais a tirarem uma amostra de seu sangue durante a inspeção em sua casa. O pai acrescentou que não conseguiu dormir durante a noite em que o filho esteve fora.

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O ministro da Justiça irlandês, Alan Shatter, pediu explicações às autoridades sobre os dois casos, mas adiantou acreditar que os policiais tiveram as melhores intenções ao retirar as crianças dos pais. “A lei fornece poderes para as autoridades recolherem crianças que possam estar em perigo. Procedimentos urgentes são necessários para garantir a segurança de crianças quando questionamentos necessários estão sendo feitos. Embora os procedimentos possam estressar os pais, não invocar esse tipo de ação pode colocar em risco a segurança de uma criança”, justificou o ministro.

Os casos na Irlanda ocorreram dias após a divulgação de que outra menina loira havia sido encontrada em um acampamento de ciganos na Grécia. Neste caso, um teste de DNA mostrou que o homem e a mulher que abrigavam a menina – chamada de “Maria” pela polícia e imprensa grega – não eram seus pais. As dúvidas em torno da verdadeira identidade da menina surgiram após uma revista policial em um acampamento cigano na Grécia. As autoridades estranharam as diferenças físicas entre a criança e os pais que se diziam responsáveis por ela. Ao serem questionados, os ciganos apresentaram versões contraditórias e documentos falsos. A polícia descobriu ainda que a mulher que se dizia mãe da garota tem duas identidades e alegou ter dado à luz seis filhos no mesmo ano.

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