Polícia francesa divulga retrato falado de suspeito de matar quatro pessoas nos Alpes
Motociclista é suspeito de matar três membros de uma mesma família e um ciclista na região turística em setembro do ano passado

As autoridades francesas divulgaram nesta segunda-feira o retrato falado do motociclista procurado pelo assassinato de quatro pessoas nos Alpes, em setembro do ano passado, informou a rede BBC. Três membros de uma família britânica de origem iraquiana e um ciclista francês foram mortos por razões ainda não esclarecidas pela polícia. Segundo testemunhas ouvidas no caso, o suspeito visto na cena do crime tinha um cavanhaque e usava um incomum capacete aberto dos lados.
Saad Al Hilli, sua mulher Igbal, sua sogra Suhaila al-Allaf e o ciclista Sylvain Mollier foram assassinados nos Alpes franceses. As duas filhas do casal de origem iraquiana conseguiram sobreviver – uma delas se escondeu embaixo da saia da mãe morta. A polícia afirmou que dará ênfase na busca pelo capacete do motociclista, uma vez que apenas 8 000 foram produzidos. O modelo em questão cobre todo o rosto, mas é aberto nas laterais para permitir que o motociclista converse sem precisar retirá-lo da cabeça.
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Segundo a rede BBC, o retrato divulgado já era investigado desde os primeiros depoimentos dados por testemunhas. A polícia não tornou a imagem pública anteriormente porque tinha receio de que o suspeito poderia se esconder. “É alguém que estava perto da cena do crime durante um período de tempo”, disse um porta-voz da polícia.
Brett Martin, o ciclista britânico que encontrou os corpos das vítimas, já havia dito à BBC que viu um motociclista deixando a cena do crime. “Ele estava indo muito devagar, com uma velocidade tão baixa que era fora do normal, e naquele momento isso me pareceu estranho”, afirmou. Um lenhador também confirmou que um homem montado numa moto deixou o local vestindo uma roupa totalmente preta. De acordo com as autoridades, um alerta também será emitido para um automóvel da montadora alemã BMW que foi visto nas redondezas.
Em junho, a polícia francesa prendeu Zaid Al Hilli, irmão de Hilli, junto a um homem de 54 anos, que teria conexão com o caso. Suspeito desde as primeiras investigações, ele negou qualquer tipo de envolvimento na morte do irmão, mas admitiu que o relacionamento entre ambos ficou estremecido por causa da herança deixada pelo pai.