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Polícia espanhola prende quarto suspeito em morte de jovem gay

Auxiliar de enfermagem Samuel Luiz Muñiz, de 24 anos e de origem brasileira, foi agredido até a morte na madrugada de sexta para sábado

Por Da Redação 8 jul 2021, 16h49

A polícia espanhola prendeu nesta quinta-feira, 8, um quarto suspeito nas investigações sobre o assassinato do auxiliar de enfermagem Samuel Luiz Muñiz, de 24 anos, brutalmente agredido até a morte na madrugada de sexta para sábado em La Coruña, na Espanha. O homem detido tem entre 20 e 25 anos e é amigo de dois homens e uma mulher que já haviam sido presos na segunda-feira.

A polícia espanhola afirma que os presos são amigos e não conheciam Muñiz, que nasceu no Brasil mas vivia na Espanha desde pequeno. Ao jornal espanhol El Mundo, amigos disseram que ele foi atacado quando estava em uma chamada de vídeo no celular com um amigo, do lado de fora de uma boate, à medida que agressores pensavam que o jovem estava tentando filmá-los. Os agressores teriam gritado termos depreciativos contra homossexuais. Samuel Luiz não resistiu aos ferimentos e morreu mais tarde no hospital.

No entanto, as autoridades ainda não classificam o crime como homofóbico, já que os suspeitos “não conheciam a vítima”.

Samuel Luiz Muñiz, jovem espanhol de origem brasileira, assassinado na sexta-feira na Espanha, em fotos publicadas nas redes sociais.
Samuel Luiz Muñiz, jovem espanhol de origem brasileira, assassinado na sexta-feira na Espanha, em fotos publicadas nas redes sociais. (Reprodução/Reprodução)

O Ministro do Interior da Espanha, Fernando Grande-Marlaska, falou que “nenhuma hipótese está excluída, nem o crime de ódio, nem qualquer outro”.

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Em resposta ao caso, milhares de pessoas foram às ruas de grandes cidades do país na noite de segunda-feira, 5, para manifestar indignação e protestar contra a homofobia. Em Madrid, cerca de 4.000 de manifestantes se reuniram na Puerta del Sol e exibiram cartazes e faixas contra a homofobia. Atos  similares também foram registrados em Barcelona e Valência.

Em La Coruña, cidade da Galícia onde o crime aconteceu, milhares de moradores se concentraram na praça de María Pita e fizeram um minuto de silêncio, que culminou em fortes aplausos. Apesar da chuva, um grupo de amigos da vítima levou cartazes pedindo respeito e afirmando que “Samuel não foi morto, foi assassinado”.

Nas redes sociais, mensagens de solidariedade eram postadas com a hashtag #JusticiaParaSamuel. Em publicação, a organização Avante LGTB+, que ajudou a organizar as manifestações, pediu esclarecimentos sobre o caso. 

Dados do Ministério do Interior mostram que 278 crimes de ódio relacionados a orientação sexual ou identidade de gênero foram registrados na Espanha em 2019, um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior. A Agência da União Europeia para Direitos Fundamentais, no entanto, alerta que isso representa apenas uma fração dos crimes de ódio, já que muitos não são denunciados às autoridades.

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