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Polícia detém dezenas de estudantes em passeata contra Maduro

Jovens foram colocados pela Guarda Nacional Bolivariana em um caminhão sem placas e seu destino ainda é desconhecido

Por Da redação
29 jun 2017, 21h47

A Guarda Nacional Bolivariana deteve nesta quinta-feira dezenas de estudantes que participavam de uma passeata em Caracas, na Venezuela. O protesto tentava chegar à sede do Poder Eleitoral na capital venezuelana e foi dispersado com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. “Levaram cerca de 20 ou 30 pessoas. Foram em um caminhão que não tinha placa nem nada. Onde estão estes estudantes? O que vai acontecer com eles? Estão desaparecidos”, disse à agência France-Presse uma mulher que testemunhou a operação.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os jovens são detidos – muitos vestindo camisas com emblemas de universidades venezuelanas – e colocados em um caminhão em uma avenida do leste da capital. O vice-presidente do Parlamento, Freddy Guevara, declarou que a polícia deteve os jovens em um banco onde se protegiam do gás lacrimogêneo. “Disseram para que saíssem tranquilos, que não haveria problema, mas quando saíram, inclusive com pessoas que estavam no banco, foram todos levados…”, revelou Guevara.

O advogado venezuelano Mario Guillermo Massone denunciou em sua conta do Twitter que uma bomba de gás lacrimogêneo foi lançada contra os estudantes quando estavam sendo colocados no veículo algemados. Um vídeo mostra quando a nuvem de fumaça toma conta e a porta do caminhão é fechada com os jovens dentro.

“Tortura pública: em um caminhão convertido em câmara de gás, membros da repressão da ditadura na Venezuela sequestram estudantes”

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A passeata em direção ao Poder Eleitoral foi rapidamente reprimida por policiais e militares, confrontados por jovens manifestantes com pedras e coquetéis molotov. Há quase três meses persiste a atual onda de protestos contra o presidente Nicolás Maduro e sua Constituinte, e pela realização de eleições gerais.

Os protestos já deixaram 79 mortos e mais de mil feridos, de acordo com a Procuradoria. Segundo o Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais, o número de vítimas fatais já passa dos 100. “A justiça chegará para os que violam os direitos humanos (…). A agenda da rua continua”, afirmou a líder estudantil Rafaela Requesens.

(com AFP)

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