Polícia chilena prende três suspeitos por ataques no metrô
Operação conjunta do Ministério Público, polícia e inteligência foi deflagrada na véspera do feriado nacional mais importante do país, o Dia da Independência
Dois homens e uma mulher foram detidos na madrugada desta quinta-feira como suspeitos de envolvimento nos atentados com explosivos no metrô de Santiago, noticia o jornal La Tercera citando informações da polícia chilena. Os três suspeitos foram levados para uma delegacia de Ñuñoa, ao leste de Santiago, segundo a assessoria de comunicação da polícia. As detenções aconteceram em uma operação coordenada pelo Ministério Público de Santiago, que envolveu homens da polícia e da inteligência chilena.
A operação, liderada pelo promotor Raúl Guzmán, ocorreu no município de La Pintana, em meio ao início das comemorações do feriado nacional mais importante no Chile, o Dia da Independência, comemorado em 18 de setembro. As investigações da polícia e do Ministério Público indicam que os detidos teriam participado no ato de colocar o artefato que explodiu no dia 8 de setembro em uma lanchonete de uma estação de metrô de Santiago – o ataque, classificado como “terrorista” pelo governo, deixou catorze feridos.
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Os detentos, que não tiveram suas identidades reveladas, também estariam vinculados a outra explosão, ocorrida em julho em um vagão do metrô, sem deixar feridos. O ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, disse que “as agências, Ministério Público, polícia e o Ministério do Interior vão continuar trabalhando com a mesma coordenação e energia que o país precisa para que esses grupos que têm atacado os chilenos inocentes em locais públicos sejam levados à Justiça”.
O anúncio da prisão foi feito logo após a inteligência chilena descartar a possibilidade de novos ataques terroristas na missa em comemoração ao Dia da Independência, realizada esta manhã na Catedral Metropolitana de Santiago. Os agentes também afirmaram que não havia chance de atentados durante a parada militar no Parque O’Higgins.
Segundo o jornal espanhol El País, a série de atentados no Chile tem sido atribuída a grupos radicais que “protestam contra o sistema”. Só este ano, houve pelo menos 26 pequenos ataques, sem muita gravidade. De acordo com estatísticas da polícia, dos 198 artefatos instalados desde 2005, 133 vieram a explodir e a única vítima fatal foi justamente o autor de um dos atentados. Até o momento, a Justiça chilena já prendeu e condenou duas pessoas relacionadas aos ataques.