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Polícia chilena admite disparo no protesto em que adolescente morreu

Por Claudio Santana
29 ago 2011, 18h06

A polícia chilena admitiu nesta segunda-feira, após ter inicialmente negado, que um de seus oficiais fez disparos em um bairro popular de Santiago, no qual um adolescente morreu na madrugada de sexta-feira passada em meio a um protesto após greve geral, enquanto o governo anunciou uma investigação para esclarecer o fato.

O chefe da polícia, José Luis Ortega, informou que depois de uma investigação interna ficou estabelecido que “o suboficial da patrulha tomou a decisão de fazer uso de seu armamento de serviço, uma pistola Uzi 9 milímetros, em duas ocasiões”.

O policial – que foi demitido – “afirma não ter atirado contra o grupo de pessoas, mas para o ar”, quando um grupo de oficiais viu que manifestantes estavam disparando em sua direção, disse o general Ortega.

“Aqui, nós não estamos atribuindo a responsabilidade ao oficial que fez o uso de sua arma de serviço. A responsabilidade pelos fatos serão esclarecidas cientificamente pelas perícias que serão realizadas”, completou o chefe policial.

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Ortega explicou também que o oficial destituído é “responsável por ter utilizado sua arma e não ter informado o fato, e por ter reposto a munição e limpado a arma”.

Manuel Gutiérrez, 16 anos, morreu na sexta-feira de madrugada depois de ser atingido no peito por um tiro. Sua família apontou imediatamente a polícia como autora do tiro, enquanto a instituição negou sua participação em diversas ocasiões.

“Se for comprovada a tese de que há um policial que possa ter tido participação nesses fatos, ele terá de responder perante a lei, perante a Justiça, com todo rigor das normas legais”, disse o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter.

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“Seria inaceitável um policial se afastar das normas profissionais com as quais deve atuar e causar a morte de um compatriota, mas não podemos adiantar julgamentos”, completou.

Durante a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira, foram registrados confrontos em vários pontos de Santiago, no fim de uma greve de 48 horas convocada pela maior central sindical do país, à qual aderiram estudantes que há três meses protestam por uma educação gratuita e de qualidade.

A greve terminou com mais de 1.400 detidos, 200 feridos e o adolescente morto.

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