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Polícia chavista impede marcha de deputada opositora

Tropas utilizam gás lacrimogênio para afastar grupo de María Corina Machado

Por Da Redação
1 abr 2014, 21h18

A polícia venezuelana impediu na tarde desta terça-feira que a deputada opositora María Corina Machado realizasse uma marcha até a sede da Assembleia Nacional, em Caracas. Mais cedo, Corina reuniu uma multidão em uma praça da capital para protestar contra a cassação do seu mandato pelo presidente da Assembleia, o chavista Diosdado Cabello.

Segundo o jornal El Nacional, quando o grupo começou a avançar em direção ao parlamento, policiais passaram a disparar bombas de gás lacrimogênio. Chavistas também gritaram “traidora da pátria” e “assassina”, e jogaram objetos na direção da deputada. Após alguns minutos, a deputada e seus apoiadores desistiram da marcha e dirigiram até a sede do movimento Vente Venezuela, no município vizinho de Chacao. Os chavistas aproveitaram para fazer uma caminhada chapa-branca em contraposição aos opositores, apoiando a decisão de Cabello. Sem surpresa, esse grupo foi autorizado a se aproximar da Assembleia.

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Antes da repressão, Corina havia discursado para a multidão e dito que a cassação do seu mandato “é um crime sem precedentes para a soberania popular”. “O regime revelou toda a sua crueldade”, disse. De acordo com o jornal El Tiempo, compareceram ao protesto o prefeito Metropolitano de Caracas, o opositor Antonio Ledezma; o dirigente do partido Vontade Popular Freddy Guevara; e o dirigente estudantil Gaby Arellano. “Não desistimos, nos fizeram mais fortes, nos deram mais razões para lutar!”, declarou Machado aos policiais que impediram sua entrada na Assembleia.

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Cassação – Na segunda-feira, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela chancelou a perda de mandato da deputada. Corina, uma das principais incentivadoras da onda de protestos contra o presidente Nicolás Maduro, teve o mandato cassado após a sua participação em uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Na ocasião, ela relatou a repressão promovida pelo governo venezuelano contra os manifestantes. Boicotada no encontro da organização por uma manobra venezuelana que teve apoio da delegação do Brasil, a deputada foi obrigada a discursar com as portas fechadas para a imprensa.

Para conseguir acessar a reunião, Corina havia aceitado um convite da delegação do Panamá, que cedeu seu tempo e a nomeou como uma espécie de membro informal. Foi a desculpa que os chavistas precisavam para perseguir a deputada. O presidente Cabello anunciou que ao aceitar a cortesia do Panamá, Corina havia violado os artigos 191 e 197 da Constituição, que determinam que os deputados “não poderão aceitar ou exercer cargos públicos sem a perda de seu mandato, salvo em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais”, e estão obrigados a cumprir sua tarefa com “dedicação exclusiva”.

Cabello também citou o artigo 149 que estabelece que “os funcionários públicos não poderão aceitar cargos, honras ou recompensas de governos estrangeiros sem a autorização da Assembleia Nacional”.

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