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Polícia alemã faz buscas após plano de ‘antivacinas’ para matar governador

Chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou o que chamou de 'pequena maioria de extremistas desinibidos tentando impor sua vontade em toda a sociedade'

Por Da Redação Atualizado em 15 dez 2021, 12h58 - Publicado em 15 dez 2021, 12h47

A polícia da Alemanha realizou uma série de incursões armadas nesta quarta-feira, 15, na Saxônia, no leste do país, para desmantelar uma conspiração de ativistas antivacinas para assassinar o governador Michael Kretschmer.

As buscas foram realizadas em cinco endereços na capital, Dresden, e na cidade vizinha de Heidenau, e tiveram como alvo membros de um grupo do Telegram. No grupo, que reúne cerca de 180 pessoas, planos para o assassinato foram discutidos em relação às restrições impostas pelo governo local para conter o avanço do coronavírus. 

De acordo com a polícia, os membros eram uma mulher de 34 anos e quatro homens com idades entre 32 e 64 anos.

Em discurso no Parlamento realizado nesta quarta-feira, o novo chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou o que chamou de uma “pequena maioria de extremistas desinibidos tentando impor sua vontade em toda a sociedade”, em resposta ao aumento de protestos nas últimas semanas contra as medidas de restrição.

O grupo responsável pelo planejamento, o Dresden Offlinevernetzung, chamou a atenção das autoridades após uma investigação divulgada por uma rede de TV local. Uma reportagem revelou que seus membros falaram sobre o assassinato de Kretschmer e de outras figuras importantes do governo da Saxônia em reuniões da cidade.

“Entrar onde ele está, tirar ele de lá e o enforcá-lo”, resumiu, em uma mensagem de voz, o administrador do chat para membros do grupo, onde também eram veiculados conteúdos antissemitas.

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As forças especiais participaram das operações depois de declarações dos próprios integrantes de que eles tinham armas capazes de disparar contra os políticos em eventos ao vivo. Duas bestas foram apreendidas nas incursões.

Em entrevista à mídia alemã, o governador disse que todos os meios judiciais serão usados para enfrentar a ameaça e completou que as pessoas em cargos públicos não devem ter medo de expressar suas opiniões ou fazer o seu trabalho.

Nas últimas semanas, o número de protestos contra medidas restritivas aumentou no estado da Saxônia, que tem a segunda maior incidência de novos casos do coronavírus e a menor taxa de vacinação de toda a Alemanha. 

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Robert Koch, a incidência acumulada no país segue com tendência de queda, atualmente em 413,7 positivos para cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias. Uma semana atrás, o indicador tinha taxa de 442,1.

Em novembro, um grupo de manifestantes realizou uma manifestação iluminada por tochas em frente à casa do ministro do Interior da Saxônia, que foi interpretada como uma ameaça implícita de violência. 

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Ao menos uma dúzia de prefeitos, chefes de polícia e jornalistas em todo o país receberam cartas com ameaças. Os envelopes continham pedaços de carne que, segundo os criminosos, estavam infectados com Covid-19 e um “gás mortal”.

As cartas alertavam ainda que uma “resistência sangrenta e nada apetitosa” estava prestes a começar contra aqueles que tentassem impor restrições à população. 

Em seu primeiro discurso à nação, após suceder Angela Merkel, Scholz afirmou que respeita as dúvidas que as pessoas possam ter, mas que não irá tolerar ameaças ou atos de violência.

“Queremos debate e estamos abertos a argumentos contrários. Mas enfrentaremos com todos os meios democráticos aqueles que tentarem intimidar os outros por meio de violência e ameaças de morte”, disse ao Parlamento.

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