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Poder eleitoral venezuelano valida 1,3 milhão de assinaturas para referendo

Após a confirmação do número, a oposição deverá recolher quatro milhões de assinaturas em uma segunda fase do processo para que a consulta contra Maduro seja convocada

Por Da Redação
7 jun 2016, 20h55

A oposição venezuelana anunciou nesta terça-feira que o poder eleitoral declarou válidas 1,3 milhão de assinaturas pela ativação do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro – seis vezes mais que o necessário para que a consulta siga seu trâmite.

“Temos as assinaturas, temos seis vezes mais assinaturas que o necessário para ativar o processo revogatório, para passar a fronteira do 1%” nesta etapa, afirmou à imprensa o porta-voz da oposição, Jesús Torrealba, após uma reunião na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Torrealba informou que o CNE anunciará na quarta-feira o procedimento de ratificação destas assinaturas, que deverá ser feito em cinco dias com base em impressões digitais. Após a confirmação das firmas, a oposição deverá recolher quatro milhões de assinaturas para que o referendo seja convocado.

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A oposição entregou ao CNE mais de 1,85 milhão de assinaturas, em 2 de maio passado, mas o órgão eleitoral foi acusado de retardar o processo de verificação, a pedido do governo, cujo objetivo é adiar o referendo para 2017.

“A partir deste processo de verificação mal feito, mal instrumentado e com a ajuda de um software absolutamente irregular, conseguiram nos tirar 600 mil firmas, mas nos restam mais de 1,3 milhão, com as quais é perfeitamente possível passar à segunda fase do processo”, disse Torrealba.

O porta-voz afirmou que o CNE utiliza um “procedimento de verificação viciado, absurdo, que tem erros” que levam a exclusão de milhares de assinaturas. “Isto faz parte da resistência que está montando a cúpula corrupta e ineficiente do governo para tentar deter, retardar o processo de referendo revogatório”, afirmou o secretário-executivo da MUD.

Corrida contra o tempo – A oposição luta para que o referendo ocorra antes de janeiro de 2017, quando Maduro conclui seu quarto ano de mandato. Caso o mandato presidencial seja revogado neste período, haverá novas eleições. Se o referendo acontecer após janeiro de 2017 e Maduro cair, assumirá o vice-presidente, Aristóbulo Istúriz, da chapa chavista.

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Os dirigentes da MUD foram recebidos no CNE por Luis Emilio Rondón, ligado à oposição, e pela presidente do órgão, Tibisay Lucena.

Mais cedo nesta terça, liderados pelo ex-candidato presidencial Henrique Capriles e por outros líderes opositores, manifestantes saíram do setor de Bello Monte, no leste de Caracas, rumo à sede do CNE. A marcha foi bloqueada e dispersa com gás lacrimogêneo por policiais e militares.

“Não há nenhuma desculpa. Não há nenhuma dúvida, o referendo revogatório será realizado este ano, por isso estamos na rua pedindo ao CNE uma data para validar as assinaturas”, disse o vice-presidente do Parlamento de maioria opositora, Enrique Márquez, durante a marcha.

“Este ano não haverá referendo”, declarou na segunda-feira Aristóbulo Istúriz, antes de afirmar que o revogatório não é o objetivo da oposição, e sim “a violência”, em uma referência aos protestos convocados pela MUD.

A oposição sustenta que o referendo é a “única válvula de escape” dos venezuelanos, esgotados pelo agravamento da escassez de alimentos e remédios, e pelo alto custo de vida. O país, atingido pela queda dos preços do petróleo, tem a inflação mais alta do mundo, de 180,9% em 2015.

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(Com AFP)

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