Piloto provocou queda de avião na África, aponta investigação
Acidente com aeronave fabricada no Brasil, em novembro, provocou 33 mortes
O piloto do avião da companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que caiu na Namíbia no dia 29 de novembro, jogou o aparelho contra o solo “intencionalmente”, provocando 33 mortes, de acordo com os resultados de uma investigação preliminar divulgados neste sábado.
As caixas-pretas do voo TM 470 mostram que o avião caiu quando o capitão Hermínio dos Santos Fernandes manipulava o piloto automático de uma maneira que “denota uma intenção clara” de fazer o aparelho cair, declarou o presidente do Instituto moçambicano de Aviação Civil, João Abreu. O avião viajava de Maputo, Moçambique, com destino a Luanda, em Angola.
“Não se conhece a razão dessas ações, e a investigação continua”, disse Abreu, que descartou completamente a possibilidade de falha mecânica na tragédia.
Ele disse ainda que o piloto se fechou na cabine, ignorou os sinais de alarme e não autorizou que seu copiloto voltasse à cabine pouco antes que o avião caísse. Santos Fernandes acumulava 9.053 horas de voo. Desse total, 1.395 foram feitas como comandante. Em abril de 2012, sua licença foi renovada, segundo a companhia moçambicana.
A aeronave, um Embraer 190, foi fabricada no Brasil. Entre os 27 passageiros, havia dez moçambicanos, nove angolanos, cinco portugueses, um francês e um chinês, além do brasileiro Sérgio Miguel Pereira Soveral. Também, havia seis tripulantes na aeronave.
(Com agências EFE e France-Presse)