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Pesquisas preveem Parlamento fragmentado na Grécia

Por Da Redação
3 Maio 2012, 20h01

Andrés Mourenza.

Atenas, 3 mai (EFE).- Não haverá um vencedor claro nas eleições que a Grécia realizará no próximo dia 6, segundo a conclusão das pesquisas para o pleito, que já foi definido pelos analistas como ‘o mais imprevisível’ das últimas décadas.

As pesquisas anunciam uma vitória magra do partido conservador Nova Democracia (ND), que não contará com a maioria suficiente e se verá obrigado a fazer um pacto para formar um governo de coalizão.

O problema é que, além da ND, apenas o social-democrata Pasok e a pequena Aliança Democrática aceitam as medidas de austeridade exigidas pela União Europeia (UE), o que diminui as chances de acordo.

As últimas pesquisas preveem que entre sete e dez partidos superarão a barreira de 3% dos votos. Elas também indicaram que um quarto do eleitorado permanece indeciso ou decidiu votar nulo.

Esses são os partidos que podem conseguir uma vaga no Parlamento grego:.

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– Partido Comunista da Grécia (KKE), um partido pró-soviético, ortodoxo e extremamente disciplinado. Exige a saída da Grécia da UE e da Otan, o cancelamento da dívida e que o Estado controle a economia. Por outro lado, rejeita outras formações esquerdistas por considerar que só pretendem uma ‘reforma do capitalismo’. Segundo as pesquisas, tem entre 7,4% e 11,5% dos votos.

– Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), uma união de partidos na órbita do Partido da Esquerda Europeia. Muito crítico com o pacto de austeridade e as políticas da UE, não tem uma posição clara sobre a saída da zona do euro, mas exige um cancelamento parcial da dívida. Falhou em tentar unir a esquerda. Tem entre 6,4% e 13% dos votos.

– Esquerda Democrática (Dimar), dirigido por Fotis Kuvelis, o político mais bem avaliado pelos gregos, é uma cisão da Syriza. Embora critique a UE, pretende se manter na zona do euro, renegociando as medidas de austeridade e adiando o pagamento da dívida. Se nega a participar de uma coalizão com a ND e o Pasok. As pesquisas lhe outorgam entre 5,4% e 12% dos votos.

– Ecologistas Verdes, ecologista e europeísta, fez do meio ambiente e da redução das enormes despesas militares da Grécia a principal bandeira de sua campanha. Tem entre 2,5% e 3,8% dos votos.

– Movimento Socialista Panhelênico (Pasok), tradicional partido social-democrata grego dirigido até pouco tempo pela família Papandreou e agora liderado pelo ex-ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, que quer se distanciar de seus antecessores para evitar o descalabro eleitoral, pois as pesquisas preveem uma queda dos 43% dos votos em 2009 para entre 10,4% e 19% neste ano.

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– Aliança Democrática (Disy), formação de centro-direita liberal dirigida pela ex-ministra de Relações Exteriores Dora Bakoyannis, expulsa da ND após perder a batalha da liderança do partido para Antonis Samaras. Apoia as medidas exigidas pela UE, mas sua entrada no Parlamento está por um fio com as pesquisas apontando um apoio popular entre 1,4% e 3,8%.

– Nova Democracia (ND), tradicional partido conservador grego dirigido por Antonis Samaras e membro do Partido Popular Europeu. Participou do governo de coalizão com o Pasok dirigido por Lucas Papademos e apoiou as medidas de austeridade exigidas pela UE, embora em várias ocasiões tenha dito que pretende modificar os termos caso vença as eleições. Tem entre 16,5% e 25,5% dos votos.

– Gregos Independentes, partido direitista e nacionalista criado pelos deputados expulsos da ND que se opuseram ao acordo de resgate com a UE. Seu discurso político é ambíguo, mas entrou com força na campanha eleitoral com números que variam entre 6,5% e 11% dos votos.

– Alerta Popular Ortodoxo (LAOS), partido ultradireitista. Sua breve passagem pelo governo de Papademos reduziu seu apoio. Agora se opõe às medidas exigidas pela UE e reforçou novamente seu discurso contra os imigrantes. As pesquisas apontam que contam com um respaldo popular que varia entre 2,5% e 4,2%.

– Amanhecer Dourado, violenta formação neonazista que defende a expulsão dos estrangeiros e é dirigida por um ex-militar expulso do Exército na década de 1970 acusado de terrorismo. Pode ser a surpresa das eleições já que as pesquisas indicam que receberá até 5,7% dos votos. EFE

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