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Peru: disputa por opositor de Humala no segundo turno segue acirrada

Candidatos não devem conseguir maioria simples dos votos e decisão presidencial terá segundo turno, em junho

Por Da Redação
10 abr 2011, 20h24

O candidato Ollanta Humala, de 48 anos, está em primeiro lugar nas eleições para presidente do Peru, com 28,69% dos votos, com 68,8% das urnas apuradas. Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, está em segundo lugar, com 22,69%, seguida de perto pelo ex-primeiro-ministro peruano, Pedro Pablo Kuczynski, com 21,66%. Uma pesquisa de boca de urna conduzida pela Ipsos-Apoyo já havia apontado Humala como vencedor do primeiro turno, com 31,6% dos votos. O resultado oficial da votação deve ser divulgado por volta das 22h (horário de Brasília).

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Nenhum dos candidatos deve conseguir maioria simples dos votos, de forma que os dois primeiros colocados vão concorrer no segundo turno, que será decidido em 5 de junho. Humala venceu no primeiro turno da eleição de 2006, mas perdeu no segundo depois de prometer maior participação estatal na economia, o que assustou os investidores estrangeiros.

O Peru é um grande exportador de cobre, ouro e prata, commodities cujos preços estão subindo e ajudando a impulsionar o crescimento econômico local, que atingiu uma média anual de 7% nos últimos cinco anos. A expansão, no entanto, não chegou aos mais pobres. Embora os níveis de subnutrição infantil tenham caído de 25%, em 2000, para 18%, em 2010, o Peru ainda está em 13º lugar numa lista de dezessete países da região em termos de acesso da população a serviços sociais, de acordo com dados do Banco Mundial. Nas áreas rurais, onde Humala possui forte apoio, 66% vivem na pobreza.

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Promessas – Humala ganhou força no final da campanha com promessas similares às apresentadas por Keiko Fujimori: berçários e educação pública de graça, refeições subsidiadas pelo governo nas escolas, aumento do salário mínimo e aposentadoria universal a partir dos 65 anos. Ele diz que vai respeitar os tratados e contratos internacionais, mas muitos peruanos não acreditam nisso.

Keiko Fujimori recebe suporte em meio a promessas de proporcionar serviços essenciais para os peruanos mais pobres e está recebendo apoio da população mais carente. Kuczynski, filho de imigrantes alemães que já foi primeiro-ministro e ministro da Economia, subiu na disputa depois de renunciar à sua dupla cidadania (peruana e norte-americana).

“As pessoas estão muito divididas”, disse Luis Tamayo, estudante de engenharia de 25 anos que mora em Villa el Salvador e afirmou ter votado em Kuczynski. “O que temos aqui são homens mais velhos e muito nacionalistas, de esquerda, que votaram em Humala, e mulheres que trabalham nas cozinhas comunitárias e que são Fujimoristas”, acrescentou.

(Com Agência Estado)

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