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‘Pensei em executar quantos fossem possíveis’, diz Breivik em seu julgamento

Por Da Redação
20 abr 2012, 12h54

Copenhague, 20 abr (EFE).- Na segunda parte do quinto dia de julgamento dos atentados de 22 julho na Noruega, o ultradireitista Anders Behring Breivik falou sobre o ataque realizado na ilha de Utoeya, onde assassinou 69 pessoas, quase todas menores de 20 anos, que estavam em um acampamento das Juventudes Trabalhistas.

‘Era um caos total e, por isso, pensei em entrar nesse edifício e executar quantos fossem possíveis’, afirmou Breivik ao se referir à cafeteria da ilha depois de ter matado várias pessoas que tinham viajado com ele.

Breivik disse não lembrar muito do ocorrido porque se encontrava em estado de choque e também atento à possíveis ataques, já que sabia que havia mais de 600 pessoas em Utoeya. No entanto, apesar do nervosismo, o acusado conseguiu fazer um relato cronológico do ataque.

O extremista norueguês, então disfarçado de policial, contou como conseguiu chegar à ilha com a missão de informar sobre o atentado ocorrido em Oslo, que, na realidade, foi provocado por ele mesmo com uma caminhonete-bomba, além de seu medo em ser descoberto.

‘Estava seguro que encontraria uma forte resistência e que teria que lutar e, provavelmente, morrer nessa tentativa’, explicou.

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A bordo da embarcação havia um policial à paisana e desarmado, que, em seguida, se mostrou desconfiado, embora acabou sendo convencido pelo ultradireitista. Breivik alegou que explicaria tudo no edifício principal, enquanto o policial foi sua primeira vítima.

‘Estava quase paralisado, tinha medo, pensei que tinha muito poucas vontade de fazer isto (…) Todo meu corpo lutava para eu não agarrar a arma. Centenas de vozes em minha cabeça me diziam: ‘não faça, não faças”, declarou Breivik, segundo a imprensa norueguesa.

Breivik, que caminhava com o policial e outras pessoas, tirou a pistola e começou a disparar. ‘Não corri, não caminhei rápido e me mantive tranquilo. Tinha muito armamento comigo, portanto também não podia correr’, explicou.

Apesar assegurar que não lembrava muito de sua ação, de ‘dez minutos’, suas declarações – impedidas de serem retransmitidas por ordens judiciais – apresentou mais alguns detalhes ‘macabros’, segundo a rede de televisão pública ‘NRK’, que preferiu censurar essas partes do discurso em respeito às vítimas.

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Segundo a imprensa norueguesa, ao entrar na sala principal da cafeteria, Breivik observou umas 15 pessoas e começou a disparar à vontade. ‘Tudo o que eu via era muito diferente das séries de televisão’, afirmou.

Enquanto alguns tentavam se defender, outros jovens ficaram paralisados pelo medo, mas o ultradireitista seguiu disparando e só parava para recarregar a arma. Breivik afirmou que mirava na cabeça das vítimas.

Sua tática inicial era conseguir provocar um efeito psicológico ao chegar a Utoeya, com disparos e gritos de ‘vão morrer’. A ideia era fazer com que as vítimas pulassem na água e se afogasse por conta do pânico, algo que não saiu como esperava e, por isso, seguiu percorrendo o local e disparando em todos que encontrava.

Durante o relato, que continuava na sala 250 do Tribunal de Oslo, Breivik se mostrou aparentemente imperturbável, enquanto vários dos familiares das vítimas e sobreviventes presentes no recinto suspiravam, choravam e se levantavam, segundo o jornal ‘VG’. EFE

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