Cairo, 13 jan (EFE).- Pelo menos oito pessoas, entre elas dois menores, morreram nesta sexta-feira em diferentes lugares da Síria vítimas da repressão das forças leais ao regime do presidente Bashar al Assad, informaram os opositores Comitês de Coordenação Local.
Duas pessoas morreram em Aleppo, a segunda maior cidade do país, duas em Homs, e uma em Hama, Dir Zur, Homs, Deraa e Dumair. Os comitês acrescentaram que violentos enfrentamentos estão ocorrendo no bairro Juret Al Shayah, em Dir Zur, onde várias pessoas estariam feridas, inclusive mulheres.
A organização disse que várias explosões e disparos ininterruptos foram ouvidos em Homs, um dos principais redutos das forças rebeldes.
Em Hasaka, as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar um protesto antigovernamental, enquanto em Jassim, em Deraa, e em Yob Yandali, em Homs, os agentes dispararam armas contra os manifestantes.
Além disso, os Comitês denunciaram que a polícia invadiu um alojamento universitário em Aleppo e prendeu vários estudantes.
O subcomandante-em-chefe do ‘Exército Livre Sírio (ELS)’, coronel Malik Kurdi, revelou nesta sexta-feira à Agência Efe que o grupo chegou a um acordo com o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão político da oposição, para que este abra um escritório de coalizão entre a organização civil e os soldados desertores.
Kurdi, que está exilado na Turquia, explicou que o líder máximo do ELS, Riad al-Assad, reuniu-se com o presidente do CNS, Borham Golion. ‘Por meio desse escritório poderemos criar uma comunicação direta entre ambas as partes’, apontou.
Em comunicado, o CNS disse que o ELS concordou em reestruturar suas unidades e em aceitar em suas bases todos os militares que apoiem a rebelião. EFE