Cairo, 25 jan (EFE).- Pelo menos 26 pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria em enfrentamentos entre rebeldes e as forças de repressão leais ao regime de Bashar al Assad, entre elas o secretário-geral da organização Crescente Vermelho no país e um sacerdote cristão.
O grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL) informou que entre as vítimas há duas mulheres, dois menores de idade e seis soldados desertores.
Os militares dissidentes morreram em combates entre o Exército Livre Sírio (ELS) e as tropas regulares nas localidades de Arbin, Rankus e Yabrud, na província oriental de Rif Damasco.
Também se registraram enfrentamentos em Kafer Batna, onde o ELS deteve dois veículos que transportavam ‘shabiha’ (milicianos leais ao regime), e em Kanaker, onde os desertores atacaram postos de controle militares.
Além disso, cinco civis morreram em Rif Damasco, quatro em Homs e em Hama, três em Idlib, e um em Aleppo e em Deraa.
Na localidade de Qusair, em Homs, entre as vítimas há uma criança de cinco anos. Além disso, trinta ficaram feridas após as forças de segurança bombardearam suas casas.
Na cidade de Hama foram ouvidos disparos nos bairros de Al-Andalus, Al Bayad, Al Qusor e Al Sharquiya. Em Baba Qabli ocorreram batidas policiais e detenções.
A estas vítimas, soma-se o secretário-geral do Crescente Vermelho na Síria, Abdul Razaq Yibiro, e do sacerdote cristão sírio, Basilius Nasar.
O motivo do assassinato dos dois ainda não foi esclarecido. A agência oficial ‘Sana’ diz que eles morreram num ataque terrorista, enquanto os CCL afirmam que as forças leais a Assad os mataram.
Esta nova jornada sangrenta ocorreu um dia após a Liga Árabe anunciar que solicitou o apoio das Nações Unidas para garantir o cumprimento das resoluções de paz da organização para a Síria, que estipula a saída do poder de Assad
Desde o início dos conflitos no país, em março do ano passado, pelo menos cinco mil pessoas já morreram, segundo números da ONU. EFE
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