Seis pessoas morreram nesta quinta-feira em Sanaa em combates entre tribos leais ao presidente Ali Abdullah Saleh e tribos rivais, elevando a 10 o total de mortos nas últimas horas em episódios de violência na capital iemenita.
No bairro de Al-Hasaba eclodiram combates entre os homens ligados ao poderoso líder tribal Sadek al-Ahmar, que faz oposição ao regime, e os partidários de uma autoridade tribal ligada ao presidente Saleh, Saghir ben Aziz.
O Ministério da Defesa informou a morte de quatro pessoas na explosão de uma bomba na residência do xeque Saghir ben Aziz.
Fontes tribais afirmaram que dois seguranças do xeque Himyar al-Ahmar, irmão do xeque Sadek, morreram e cinco ficaram feridos em um bombardeio contra sua residência.
O registro eleva a 10 o número de mortos nesta quinta-feira em Sanaa. Algumas horas antes, quatro civis morreram em combates entre unidades rivais do Exército.
No total, 95 pessoas morreram na explosão de violência desde domingo em Sanaa.
Atiradores abriram fogo contra a Praça da Mudança, onde opositores do regime estão acampados, e mataram duas mulheres. Dois homens morreram em um bombardeio contra a mesma região e nove pessoas ficaram feridas.
Os confrontos envolvem unidades leais ao chefe de Estado, cuja Guarda Republicana é comandada pelo filho mais velho de Saleh, Ahmed, e a primeira divisão blindada do general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar, que se uniu à oposição em março.
Saleh está há mais de três meses na Arábia Saudita, onde foi hospitalizado depois de ter sido ferido em 3 de junho em um ataque contra seu palácio em Sanaa. O presidente se nega a renunciar, apesar da onda de protestos populares que afeta o país desde janeiro.