
Passageiro holandês postou esta foto no Facebook antes de embarcar em avião que foi derrubado na Ucrânia (Reprodução/VEJA)
Um holandês que embarcou com a namorada no voo voo MH-17 da Malaysian Airlines, atingido por um míssil nesta quinta-feira perto da fronteira entre Ucrânia e Rússia, postou uma foto da aeronave em sua página no Facebook e fez uma piada relacionada ao desaparecimento de outro avião da companhia malaia que sumiu em março deste ano – e jamais foi encontrado.
“Se o avião desaparecer, é assim que ele parece”, escreveu o passageiro abaixo da foto. Os comentários desejando boa viagem ao casal pouco depois deram lugar a pedidos aflitos por informações sobre a tragédia. Em seguida, mensagens de condolências dominaram o perfil.
O Boeing 777 que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur foi abatido quando sobrevoava o leste da Ucrânia. No total, 298 pessoas estavam a bordo, incluindo quinze tripulantes. Não houve sobreviventes, segundo o governo ucraniano, que culpou separatistas pró-Moscou de serem os responsáveis por disparar um míssil que derrubou a aeronave. Os rebeldes, que autoproclamaram uma região independente no leste do país, negaram envolvimento, assim como as autoridades russas.
O acidente ao qual o viajante holandês fez referência ocorreu no dia 8 de março, quando uma aeronave com 239 pessoas a bordo desapareceu dos radares durante um voo de Kuala Lumpur a Pequim. As buscas por vestígios do avião ainda estão sendo realizadas, em uma grande área no Oceano Índico.
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Overbooking salva britânicos – Um casal que tinha programado viajar no voo MH-17 foi impedido de embarcar por não haver assentos disponíveis. Barry Sim e sua mulher Izzy foram então transferidos para um voo da KLM, informou o jornal britânico Daily Telegraph.
“Na minha cabeça, um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar, então eu ainda sou da filosofia que você tem que entrar no avião e seguir com sua vida. Sei que minha mulher não pensa assim. Provavelmente a última coisa que ela quer fazer agora é voar, especialmente para Kuala Lumpur”, disse Barry Sim ao jornal. (Continue lendo o texto)
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1. Brinquedos e flores são colocadas sobre a fuselagem carbonizada no local do acidente do Boing 777 da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O abatimento da aeronave na última quinta-feira (17) matou as 298 pessoas que estavam a bordo
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1/16 Brinquedos e flores são colocadas sobre a fuselagem carbonizada no local do acidente do Boing 777 da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O abatimento da aeronave na última quinta-feira (17) matou as 298 pessoas que estavam a bordo (Vadim Ghirda/AP/VEJA/VEJA)
Brinquedos e flores são colocadas sobre a fuselagem carbonizada no local do acidente do Boing 777 da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O abatimento da aeronave na última quinta-feira (17) matou as 298 pessoas que estavam a bordo -
2. Em Amsterdã, passageiros do Aeroporto Internacional deixam flores e bilhetes em homenagem às vítimas do acidente com o Boing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na última quinta-feira (17), no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo
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2/16 Em Amsterdã, passageiros do Aeroporto Internacional deixam flores e bilhetes em homenagem às vítimas do acidente com o Boing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na última quinta-feira (17), no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo (Elena Moreno/EFE/VEJA/VEJA)
Em Amsterdã, passageiros do Aeroporto Internacional deixam flores e bilhetes em homenagem às vítimas do acidente com o Boing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na última quinta-feira (17), no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo -
3. Garota segura vela durante uma vigília à luz para as vítimas do acidente da Malaysia Airlines, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A aeronave foi abatida por um míssel, matando os 298 passageiros e tripulantes que estavam a bordo
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3/16 Garota segura vela durante uma vigília à luz para as vítimas do acidente da Malaysia Airlines, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A aeronave foi abatida por um míssel, matando os 298 passageiros e tripulantes que estavam a bordo (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA/VEJA)
Garota segura vela durante uma vigília à luz para as vítimas do acidente da Malaysia Airlines, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A aeronave foi abatida por um míssel, matando os 298 passageiros e tripulantes que estavam a bordo -
4. Menino coloca flores em frente à embaixada holandesa em Moscou em homenagem às vítimas do voo da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
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4/16 Menino coloca flores em frente à embaixada holandesa em Moscou em homenagem às vítimas do voo da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia (Sergei Karpukhin/Reuters/Reuters/Reuters)
Menino coloca flores em frente à embaixada holandesa em Moscou em homenagem às vítimas do voo da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia -
5. Em Kuala Lumpur, mulher escreve mensagens durante uma oração especial para as vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
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5/16 Em Kuala Lumpur, mulher escreve mensagens durante uma oração especial para as vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia (Athit Perawongmetha/Reuters/Reuters/Reuters)
Em Kuala Lumpur, mulher escreve mensagens durante uma oração especial para as vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia -
6. Centenas de pessoas deixaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada doa Holanda em Kiev, um dia depois de um voo da Malásia Airlines transportando 298 pessoas de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no leste da Ucrânia
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6/16 Centenas de pessoas deixaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada doa Holanda em Kiev, um dia depois de um voo da Malásia Airlines transportando 298 pessoas de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no leste da Ucrânia (Segei Supinsky/AFP/VEJA/VEJA)
Centenas de pessoas deixaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada doa Holanda em Kiev, um dia depois de um voo da Malásia Airlines transportando 298 pessoas de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no leste da Ucrânia -
7. Grupo se reúnem para uma vigília à luz de velas em homenagem aos passageiros e tripulantes do vôo MH17 da Malaysia Airlines, em Petaling Jaya, Malásia
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7/16 Grupo se reúnem para uma vigília à luz de velas em homenagem aos passageiros e tripulantes do vôo MH17 da Malaysia Airlines, em Petaling Jaya, Malásia (Azhar Rahim/EFE/EFE/EFE)
Grupo se reúnem para uma vigília à luz de velas em homenagem aos passageiros e tripulantes do vôo MH17 da Malaysia Airlines, em Petaling Jaya, Malásia -
8. Em Kiev, pessoas acendem velas na embaixada da Malásia para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em Grabovka, no leste da Ucrânia
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8/16 Em Kiev, pessoas acendem velas na embaixada da Malásia para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em Grabovka, no leste da Ucrânia (Valentyn Ogirenko/Reuters/Reuters/Reuters)
Em Kiev, pessoas acendem velas na embaixada da Malásia para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em Grabovka, no leste da Ucrânia -
9. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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9/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Sergei Supinsky/AFP/AFP/AFP)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil -
10. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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10/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Valentyn Ogirenko/Reuters/VEJA/VEJA)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil -
11. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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11/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Valentyn Ogirenko/Reuters/Reuters/Reuters)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil -
12. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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12/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Valentyn Ogirenko/Reuters/VEJA/VEJA)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil -
13. Pessoas se reúnem próximo à Embaixada da Holanda em Kiev para homenagear as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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13/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Sergei Supinsky/AFP/AFP/AFP)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil -
14. Mulher chora ao saber que a irmã é uma das vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, em Kuala Lumpur
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14/16 Mulher chora ao saber que a irmã é uma das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, em Kuala Lumpur (Manan Vatsyayana/AFP/VEJA/VEJA)
Mulher chora ao saber que a irmã é uma das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, em Kuala Lumpur -
15. Mulher chora ao sabe que familiar é umas das vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia
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15/16 Mulher chora ao sabe que familiar é umas das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia (Rahman Roslan/Getty Images/VEJA/VEJA)
Mulher chora ao sabe que familiar é umas das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia -
16. Familiares de vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines são conduzidos para um local reservado no aeroporto da Holanda
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16/16 Familiares de vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines são conduzidos para um local reservado no aeroporto da Holanda (Cris Toala Olivares/Reuters/VEJA/VEJA)
Familiares de vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines são conduzidos para um local reservado no aeroporto da Holanda
Vítimas – A companhia aérea informou que a maioria das pessoas a bordo era holandesa: 154. Havia ainda 43 malaios, incluindo todos os tripulantes e duas crianças, 27 australianos, doze indonésios – também incluindo uma criança -, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense.
As nacionalidades das outras pessoas a bordo ainda está sendo verificada. O Itamaraty informou não ter informação sobre a possibilidade de algum brasileiro estar no voo. A Sociedade Internacional de Aids divulgou um comunicado confirmando que muitos passageiros estavam a caminho de uma conferência internacional em Melbourne, na Austrália.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que o governo ucraniano está negociando com os separatistas um corredor humanitário para que o trabalho de resgate seja realizado no local da queda. “As buscas são difíceis porque estamos falando de uma grande área, mas também porque terroristas armados estão dificultando a situação”, disse o chefe dos serviços de emergência da Ucrânia, Serhiy Bochkovsky.
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Segundo a agência Interfax, separatistas encontraram a caixa preta do avião e estariam dispostos a entregá-la a autoridades em Moscou para análise. O premiê malaio, no entanto, advertiu que “ninguém deve interferir na área ou mover peças do avião, o que inclui a caixa-preta”. Najib resumiu o sentimento depois da queda do avião: “Este é um dia trágico, no que já está sendo um ano trágico para a Malásia”.
Local da queda do avião na Ucrânia
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1. Pan Am 1736 e KLM 4805: Tenerife, Ilhas Canárias, 1977 - 583 mortes
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(Aviation Safety Network/VEJA)
O pior acidente da história da aviação envolveu a colisão de dois Boeing 747 (Jumbo) na pista do aeroporto da ilha de Tenerife, nas Ilhas Canárias, um arquipélago espanhol no Oceano Atlântico. Em 27 de março de 1977, o pequeno aeroporto passou a receber diversos voos desviados da ilha vizinha de Gran Canária, que pouco antes havia sido alvo de um atentado terrorista. Entre os aviões que chegaram estavam um Boeing da americana Pan Am e uma aeronave da holandesa KLM. Após a reabertura do aeroporto vizinho, os dois aviões começaram a taxiar na pista para se preparar para a decolagem. Nesse tempo, um nevoeiro havia se formado, impedindo a visão da pista por parte da torre e limitando a dos pilotos dos dois aviões. A partir daí houve sucessão de erros. Controladores e pilotos deram informações confusas uns para os outros e o avião da Pan Am pegou uma saída errada na pista. O momento fatal, no entanto, ocorreu quando o piloto da KLM resolveu decolar sem autorização e começou a ganhar velocidade. Por causa do nevoeiro, ele não viu que o avião da Pan Am ainda estava taxiando na mesma pista. O KLM ainda conseguiu subir alguns metros antes de se aproximar, mas suas turbinas e trem de pouso acabaram se chocando com parte central da aeronave da Pan Am. Todos os 248 ocupantes do avião holandês morreram. Na aeronave da Pan Am, foram 335 vítimas fatais e 61 sobreviventes. -
2. Japan Airlines 123: Monte Takamagahara, Japão, 1985 - 520 mortes
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(Aviation Safety Network/VEJA)
Segundo pior tipo de acidente já registrado, o voo 123 da Japan Airlines seguia de Tóquio até Osaka, no Japão, quando se chocou contra uma montanha, no dia 12 de agosto de 1985. A aeronave era um Boeing 747. Doze minutos após a decolagem, o avião começou a apresentar os primeiros problemas, quando foi registrado uma descompressão explosiva na empenagem (estrutura de estabilização), que provocou perda de parte da cauda do avião. Os pilotos baixaram a altitude e tentaram estabilizar o avião, mas logo ele passou a voar sem controle. Por fim, o Boeing se chocou contra Monte Takamagahara, a cerca de cem quilômetros de Tóquio. Entre os mortos, havia 505 passageiros e 15 tripulantes. Três passageiros (uma mulher e duas crianças) e um tripulante sobreviveram. Passaram-se 32 minutos entre o aparecimento dos primeiros problemas até a queda. O tempo permitiu que vários passageiros escrevessem bilhetes de despedida para suas famílias. O relatório do acidente apontou problemas na manutenção do avião e em reparos que haviam sido feitos na cauda sete anos antes do acidente. -
3. Saudi Arabian 763 e e Kazakhstan Airlines 1907: Charkhi Dadri, Índia, 1996 - 349 mortes
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(Aviation Safety Network/VEJA)
O terceiro pior acidente aéreo da história envolveu o choque de dois aviões de passageiros em pleno ar, nos arredores da cidade indiana de Charkhi Dadri, no norte da Índia. Foi o pior acidente envolvendo uma colisão desse tipo já registrado. Um dos aviões era da Saudi Arabian, um Boeing 747, havia acabado de decolar do Aeroporto Indira Gandhi , na região de Nova Délhi. A aeronave seguia ascendendo gradativamente até a altitude de cruzeiro, seguindo instruções da torre, até que se chocou com um avião Ilyushin Il-76, de fabricação soviética, que operava pela companhia aérea Kazakhstan Airlines e que se preparava para pousar. Morreram 312 passageiros e tripulantes do avião da Saudi e 37 do voo da Kazakhstan. O relatório final sobre as causas do acidente apontou como culpado o piloto do avião cazaque, que não teria respeitado instruções da torre para efetuar a descida, se colocando na rota do Boeing, que fazia o caminho inverso. -
4. Turkish Airlines 981: Fontaine-Chaalis, França, 1974 - 346 mortes
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(Aviation Safety Network/VEJA)
Pior acidente aéreo já registrado na França, o voo 981 da Turkish Airlines causou a morte de 346 pessoas – 335 passageiros e onze tripulantes – em 3 de março de 1974. A aeronave era um McDonnell Douglas DC-10, que realizava um voo de Istambul com destino a Londres, com escala em Paris. Minutos depois de completar a escala e decolar, a aeronave caiu na floresta de Ermenonville, nos arredores da capital francesa. Muitos dos mortos eram passageiros que haviam perdido um voo da extinta British European Airways por causa de uma greve e foram realocados no avião da Turkish.
Pouco antes da queda, os pilotos tentaram avisar a torre sobre problemas. Foram ouvidos sons característicos de despressurização pelo rádio. Investigações apontaram que a queda foi causada pela abertura de uma porta do compartimento de carga, que provocou a despressurização e a desintegração do avião. O número de mortes do voo 981 foi o mais grave registrado à época e só seria ultrapassado pelo acidente de Tenerife, três anos depois. -
5. Air India 182: Oceano Atlântico, 1985 - 329 mortes
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(Aviation Safety Network/VEJA)
O quinto pior acidente da história envolveu um Boeing 747 da Air India que havia decolado do aeroporto de Montreal, no Canadá, com destino a Bombaim (atual Mumbai). Ele explodiu em pleno ar, próximo da costa da Irlanda em 23 de junho de 1985. Morreram 307 passageiros e 22 tripulantes – entre eles havia 268 canadenses, 27 britânicos e 24 indianos. Uma hora depois da queda do avião, uma bomba explodiu no setor de bagagens do aeroporto de Tóquio, pouco antes de ser embarcada em outro voo da Air India. Dois carregadores morreram. Investigações mostraram que os dois casos estavam ligados e que o voo 182 foi derrubado por uma bomba escondida na mala de um passageiro que não havia embarcado. Os suspeitos eram membros de um grupo chamado Babbar Khalsa , formado por militantes sikhs, que lutavam pela independência da região do Punjab, na Índia, e o estabelecimento de um Estado baseado nas crenças da religião. Até o momento, apenas uma pessoa foi condenada pelos atentados.
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1. A recusa ucraniana - 29 de novembro de 2013
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(Janek Skarzynski/AFP/AFP)
A União Europeia (UE) não conseguiu convencer a Ucrânia a assinar um acordo selando sua aproximação com o Ocidente, em função da pressão de Moscou, o que constitui uma derrota para os europeus. No final da terceira cúpula da Parceria Oriental entre a UE e seis ex-repúblicas soviéticas - Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Bielo-Rússia, Armênia e Azerbaijão - os resultados foram aquém do esperado. Somente Moldávia e Geórgia assinaram o acordo. O presidente ucraniano Viktor Yanukovich explicou que, antes de firmar um acordo, Kiev necessita "de um programa de ajuda financeira e econômica" da UE. "Não se pode, tal e como quer o presidente ucraniano, pedir que paguemos para que a Ucrânia entre nesta associação", retrucou François Hollande, presidente da França. Saiba mais sobre por que UE e Rússia querem tanto a Ucrânia.
História: Ucrânia, um país com um histórico de tragédias -
2. O início dos protestos - 30 de novembro de 2013
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(AFP/VEJA)
No dia seguinte à recusa ucraniana em assinar o acordo, os protestos começaram em Kiev. O centro nervoso dos protestos passou a ser a praça da Independência, no centro da capital. Logo no primeiro dia de manifestações, dezenas de pessoas ficaram feridas após a polícia dispersar com violência manifestantes que pediam a renúncia do presidente Viktor Yanukovich. A oposição ucraniana, em resposta, afirmou que convocaria uma greve geral para forçar a renúncia do presidente.
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3. Negócio da China - 3 de dezembro de 2013
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(Gleb Garanich/Reuters/VEJA)
Deixando para trás um país convulsionado e uma situção de tensão prestes a explodir em violência, O presidente ucraniano Viktor Yanukovich viajou para a China numa tentativa de sair do foco das atenções dos protestos. Além da ira nas ruas e dos políticos da oposição, o presidente enfrentava ainda uma crescente pressão dos mercados internacionais, o que eleva o risco de uma crise financeira e quebra de confiança dos investidores no país do leste europeu. No dia seguinte à sua viagem, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, que ficou em Kiev para lidar com os protestos, avisou que todos os manifestantes que violarem a lei serão punidos. O alerta foi feito depois que ministros precisaram de escolta para chegar a uma reunião em meio a uma tentativa de bloqueio dos ativistas de oposição.
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4. A queda de Lênin (mais uma) - 8 de dezembro de 2013
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(Gleb Garanich/AP/VEJA)
Os ucranianos que protestam contra a rejeição, pelo governo do país, ao pacto com a União Europeia, derrubaram a estátua do líder revolucionário russo Vladimir Lênin no centro da capital da Ucrânia, Kiev. Os manifestantes temem que o país esteja voltando a ter com a Rússia o tipo de relacionamento que os dois países tinham quando ainda eram parte da União Soviética e Moscou dominava Kiev. Esses temores foram agravados na sexta-feira, quando o presidente ucraniano Viktor Yanukovich se reuniu com o presidente russo Vladimir Putin para estabelecer as bases de uma nova parceria estratégica.
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5. EUA entram em campo - 11 de dezembro de 2013
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(Alexander Demianchuk/Reuters/VEJA)
A secretária de Estado adjunta americana, Victoria Nuland, reuniu-se com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich. Após o encontro, a americana disse que Washington considera possível assegurar o futuro europeu da Ucrânia. Para isso, segundo ela, as autoridades ucranianas devem garantir a segurança dos cidadãos e retomar as negociações com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Antes da reunião com o chefe de Estado ucraniano, em um gesto simbólico, Nuland visitou os manifestantes reunidos na praça da Independência, principal reduto da oposição, no centro de Kiev. Nuland também conversou com Yanukovich sobre as ações policiais desta madrugada no centro de Kiev. “São absolutamente inaceitáveis em uma sociedade e em um Estado democrático moderno”, disse.
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6. Manifestantes voltam às ruas - 29 de dezembro de 2013
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(Genya Savilov/AFP/VEJA)
Depois de um breve arrefecimento, cerca de 20.000 pessoas voltaram a protestar na Ucrânia contra a decisão do governo de arquivar acordo com a União Europeia. A série de manifestações ganhou novo fôlego com a volta de dezenas de milhares de pessoas às ruas. Os protestos recomeçaram incitados por discursos de líderes espirituais, como padres cristãos, um rabino e um líder muçulmano.
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7. Aumenta a violência nos confrontos - 19 e 20 de janeiro de 2014
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(Stringer/Reuters/VEJA)
Uma série de confrontos foi registrada nos dias 19 e 20 de janeiro, após protestos em Kiev, na Ucrânia, reunirem cerca de 200.000 opositores. No dia 19, alguns manifestantes tentaram romper um cordão de segurança para chegar ao Parlamento. Eles incendiaram um dos veículos da polícia que bloqueava o acesso. As forças de segurança responderam com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, além de jatos dágua. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. No dia seguinte, as manifestações e a violência continuaram. O presidente ucraniano Viktor Yanukovich disse que os protestos nas ruas da capital Kiev ameaçam a soberania do país.
História: Ucrânia, um país com um histórico de tragédias -
8. União Europeia adverte a Ucrânia - 23 de janeiro de 2014
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(Christophe Karaba/EFE/VEJA)
Pela primeira vez desde o início dos conflitos entre manifestantes e a polícia ucraniana, a cúpula da União Europeia se manifestou oficialmente sobre a crise na Ucrânia e advertiu as autoridades do país que a repressão do governo aos protestos e à liberdade de expressão pode resultar em "ações" da UE e ter "consequências" para as relações do bloco com Kiev. As declarações foram emitidas após a escalada de violência nos confrontos e as mortes de ao menos quatro manifestantes. -
9. Yanukovich sai de cena, de novo - 30 de janeiro de 2014
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(Gleb Garanich/Reuters/VEJA)
O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, tirou licença médica em plena crise política que atravessa o país. Um comunicado publicado no site da Presidência informou que Yanukovich apresenta uma “doença respiratória aguda e febre alta”. Não foi a primeira vez que Yanukovich abandona seu país em crise. No início de dezembro, ele deixou para traz uma Kiev tomada por manifestantes para fazer uma viagem à China. -
10. O pacote de ajuda ocidental - 3 de fevereiro de 2014
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(Andrei Mosienko/Presidential Press Service/Handout via Reuters/VEJA)
Em meio aos incessantes protestos que ameaçam o governo do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch, a União Europeia (UE) anunciou que fará uma nova investida para aproximar o país dos interesses do bloco econômico. Com a ajuda dos Estados Unidos, a UE prepara um pacote de ajuda financeira para servir como alternativa à proposta de 15 bilhões de dólares em créditos e de redução do preço do gás apresentada pela Rússia. -
11. Mais de 70.000 vão às ruas - 9 de fevereiro de 2014
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(Bulent Kilic/AFP/VEJA)
A oposição ucraniana voltou a mobilizar uma grande manifestação para protestar contra o presidente Viktor Yanukovich. Mais de 70.000 ativistas foram às ruas para protestar contra o alinhamento do país às políticas econômicas da Rússia. "Não temos a intenção de nos render. Iremos mais longe", proclamou em alto-falantes da Praça de Independência o militante Dimytro Bulatov, cuja foto com o rosto desfigurado pelas torturas rodou o mundo. O opositor se dirigiu aos manifestantes por telefone a partir da Lituânia, onde está hospitalizado. -
12. Presos são libertados pelo governo - 14 de fevereiro de 2014
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(AFP/VEJA)
Com base na lei de anistia assinada pelo presidente Viktor Yanukovich, o governo ucraniano libertou todos os 243 manifestantes detidos durante os protestos realizados desde novembro. As acusações contra os ativistas, no entanto, só seriam retiradas após os opositores desocuparem os prédios públicos que foram tomados durante as manifestações. As autoridades também deverão monitorar boa parte dos detidos, uma vez que alguns seguirão cumprindo pena em prisão domiciliar. -
13. Prefeitura de Kiev é desocupada - 16 de fevereiro de 2014
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(Sandro Maddalena/AFP/VEJA)
Após o governo ucraniano libertar todos os manifestantes detidos, os líderes opositores concordaram com a desocupação da prefeitura de Kiev, a capital e epicentro dos protestos no país. Os ativistas haviam tomado a prefeitura em 1º de dezembro, cerca de uma semana depois da eclosão de grandes passeatas contra a decisão do presidente Viktor Yanukovych de abandonar as negociações com a União Europeia. -
14. Batalha campal - 18 de fevereiro de 2014
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(Vlad Sodel/Reuters/VEJA)
Confrontos entre manifestantes e policiais transformam a capital Kiev em um campo de guerra. Os conflitos tiveram início quando as forças do governo romperam as barricadas perto do estádio do Dynamo de Kiev e se dirigiram para os limites da ocupada Praça da Independência, horas depois de Moscou destinar 2 bilhões de dólares à Ucrânia, recursos que a Rússia estava segurando para pressionar o governo ucraniano a tomar uma medida contra os manifestantes. Depois de a Europa anunciar que estudava aprovar sanções econômicas contra o país, o governo do presidente Viktor Yanukovich anunciou que havia chegado a uma trégua com a oposição. -
15. Yanukovich é deposto - 22 de fevereiro de 2014
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(Vasily Fedosenko / Reuters/VEJA)
No sábado, Vitaly Klitschko, ex-campeão mundial de boxe, líder do partido Udar e membro do Parlamento ucraniano, anunciou que o presidente havia deixado a Ucrânia e que seu paradeiro era desconhecido. Por “abandono de funções”, o Parlamento ucraniano aprovou a deposição de Viktor Yanukovich.