Seul, 2 abr (EFE).- A Coreia do Norte realizará no dia 11 de abril o quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores, em meio a tensão criada pelo anúncio do país de que lançaria um satélite nos próximos dias, informou nesta segunda-feira (data local) a agência norte-coreana ‘KCNA’.
O atual líder Kim Jong-um, filho do ditador Kim Jong-il, que morreu no ano passado, foi eleito recentemente pelo partido único do país para ser o delegado do congresso, o que reflete ‘a vontade unânime e o desejo’ de todos seus membros.
Segundo os analistas, Kim Jong-um poderia ser nomeado secretário-geral do partido na reunião, o que consolidaria ainda mais o poder do jovem líder. Em 15 de abril, será celebrado o centenário do fundador do país, Kim il-sung.
Além disso, Pyongyang anunciou na semana passada que em 13 de abril será realizada a Assembleia Popular Suprema (Parlamento), na qual Kim Jong-um poderá ser nomeado presidente da Comissão de Defesa Nacional, o que o transformaria, segundo o artigo 100 da Constituição norte-coreana, no ‘líder supremo’ do país.
Nessa décima segunda reunião do Parlamento norte-coreano, que costuma ser convocado uma única vez ao ano, também se espera que sejam determinados os orçamentos e as atividades do governo em 2012, além de serem nomeados os membros da Comissão de Defesa Nacional.
O jovem Kim Jong-um, que tem idade estimada entre 28 e 29 anos, foi nomeado ‘comandante supremo’ do exército norte-coreano após a morte de seu pai.
A Coreia do Norte e a comunidade internacional vivem um momento de tensão após Pyongyang anunciar sua intenção de colocar em órbita um satélite de observação terrestre lançado por um foguete entre os dias 12 e 16 de abril.
A ONU e países como Coreia do Sul, EUA e Japão consideram que a ação encobre um teste balístico de mísseis, o que foi negado pelo governo norte-coreano.
Pyongyang insistiu que cumprirá com as normas internacionais sobre operações espaciais com fins pacíficos e que permitirá que jornalistas e analistas internacionais visitem a plataforma de lançamento. EFE