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Partido de Putin obtém ampla vitória nas eleições legislativas

De acordo com projeções, o partido de Putin poderá obter 338 das 450 cadeiras do Parlamento russo, contra 238 atualmente

Por Da redação
Atualizado em 19 set 2016, 08h16 - Publicado em 19 set 2016, 08h16

O partido Rússia Unida obteve uma ampla maioria na Duma (a Câmara baixa do Parlamento russa) após as eleições legislativas de domingo, resultado celebrado pelo o presidente Vladimir Putin, que pode planejar com tranquilidade a candidatura ao quarto mandato em 2018. A participação baixa, de 47,8% de acordo com Comissão Eleitoral, contra 60% nas legislativas de dezembro de 2011, reflete, no entanto, o desinteresse dos russos pelas eleições, que consideravam já decididas de antemão.

O partido de Putin conquistou a maioria absoluta com 54,3% dos votos, após a apuração de quase 90% das urnas. De acordo com projeções, o partido de Putin poderá obter 338 das 450 cadeiras da Duma, contra 238 atualmente. Com mais de dois terços dos deputados, o Kremlin exerceria um controle sem precedentes no Parlamento e poderia impor revisões constitucionais com mais facilidade.

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Em segundo e terceiro lugares, com pequena diferença, aparecem o Partido Liberal Democrata (de extrema direita) com 13,3% dos votos e o Partido Comunista (de extrema esquerda) com 13,5%. Apesar de estarem em lados opostos do espectro político-ideológico, ambos os partidos costumam votar com o Rússia Unida. Os opositores liberais do Parnas não passam de um simbólico 0,66% após uma campanha em que foram ignorados pela imprensa estatal. O partido opositor social-democrata Iabloko não conseguiu uma única vaga na Duma.

Putin celebrou o “bom resultado”, apesar de ressalvar que a participação “não foi a mais elevada, mas sim importante”. Para o chefe de Estado, a votação era importante por ser a última consulta nacional antes das eleições presidenciais de 2018. Muitos consideram que Putin vai disputar um quarto mandato, mas ele ainda não confirmou.

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Primeira eleição na Crimeia — As eleições acontecem em meio a uma profunda crise econômica na Rússia, provocada pela queda dos preços do petróleo e pelas sanções ocidentais impostas pelo conflito na Ucrânia. Trata-se do período de recessão mais longo desde a chegada de Putin ao poder em 1999.

O contexto político também é excepcional, já que são as primeiras eleições em escala nacional desde a anexação da península da Crimeia, em 2014, e do início do conflito no leste separatista da Ucrânia. Nessa região, os habitantes participam pela primeira vez das eleições russas.

(Com agência France-Presse)

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