Parlamento iraquiano aprova resolução para a retirada de tropas americanas
Parlamentares ligados ao líder iraniano Qassem Soleimani pressionavam pela decisão; coalizão internacional disse ter suspendido atividades de apoio ao país

O Parlamento iraquiano aprovou neste domingo, 5, uma resolução apelando ao governo para acabar com a presença de tropas estrangeiras no país, após o primeiro-ministro Abdel Abdelmahdi tê-lo solicitado na primeira sessão da Câmara desde o ataque dos Estados Unidos que matou o líder militar iraniano Qassem Soleimani no aeroporto de Bagdá, capital do Iraque.
O Parlamento acertou uma moção apelando ao Executivo para trabalhar para acabar com a presença de quaisquer forças de outros países no território do Iraque. Ao todo, 5.200 militares americanos estão no país, onde participavam de combate contra o avanço do grupo Estado Islâmico.
A resolução também pede ao governo para cancelar o pedido de assistência da coalizão internacional para combater o grupo terrorista Estado islâmico porque considera que as operações militares contra os extremistas no país já terminaram.
Coalização afirma ter encerrado apoio ao Iraque
Também neste domingo, a coalizão internacional liderada pelos EUA anunciou a suspensão das atividades de apoio e treinamento das tropas do Iraque para se concentrar na proteção das bases onde suas forças estão posicionadas no país árabe.
Em um comunicado, a missão contra o grupo terrorista Estado Islâmico disse que a proteção dessas instalações, que foram alvo de repetidos ataques com foguetes nos últimos dois meses, limita a capacidade de treinar parceiros e apoiar as operações contra o grupo jihadista. “A nossa prioridade é proteger o pessoal da coligação. Estamos totalmente empenhados em proteger as bases iraquianas que acolhem as tropas da coligação”, diz a nota.
A aliança justificou a decisão destacando que os repetidos ataques com foguetes nos últimos dois meses por elementos do Kata’ib Hibullah causaram a morte de integrantes das forças de segurança iraquianas e de um civil americano, em 27 de dezembro.
Kata’ib Hezbollah são batalhões que operam com o apoio das milícias pró-governamentais Forças de Mobilização Popular (PMF, na sigla em inglês), cujo vice-presidente, Abu Mahdi al-Muhandis, foi uma das vítimas do ataque realizado pelos Estados Unidos na última sexta-feira nos arredores de Bagdá.
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