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Parlamento Europeu reconhece Edmundo González como presidente da Venezuela

Resolução aprovada também pede que a UE emita um mandado de prisão internacional contra Nicolás Maduro

Por Da Redação 19 set 2024, 10h00

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira, 19, uma resolução que reconhece o representante da oposição, Edmundo González Urrutia, como presidente legítimo e democraticamente eleito da Venezuela. A medida ocorreu quase três meses após as eleições presidenciais que viram o órgão eleitoral e a Justiça venezuelana declararem a vitória do ditador Nicolás Maduro, sob acusações de fraude e ampliação da repressão do regime contra quem ousasse questionar as autoridades.

A resolução apresentada pelo Partido Popular Europeu (PPE) também reconheceu María Corina Machado como líder das forças democráticas na Venezuela e apela para que a União Europeia e seus países membros reconheçam a vitória do opositor e emitam um mandado de prisão internacional contra Maduro, acusado de crimes contra a humanidade. 

A proposta aprovada com 309 votos a favor, 201 contra e 12 abstenções, foi promovida em particular pela delegação da Espanha, que busca pressionar o governo do primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, do Partido Socialista, a adotar uma postura semelhante em nível federal. 

+ Congresso pede, mas Sánchez não reconhece vitória de González na Venezuela

Sánchez afirmou na última terça-feira que não reconhecerá a decisão do Parlamento espanhol de considerar González o presidente eleito da Venezuela.

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Asilo na Espanha

Apontado por grande parte da comunidade internacional como verdadeiro vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, González fugiu do país e pediu asilo político na Espanha no início do mês. Atualmente, ele se encontra em Madri, na condição de refugiado, após tornar-se alvo de um mandado de prisão do Ministério Público venezuelano, controlado pelo governo de Maduro, por suposta conspiração e terrorismo. O político nega qualquer ilegalidade.

+ Como foi a fuga do opositor venezuelano González para a Espanha

Em 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pela ditadura, apontou a reeleição de Maduro com 51% dos votos, contra 44% de González, que substituiu María Corina, vencedora das primárias da oposição, após ser inabilitada pelo regime chavista. No entanto, o regime não apresentou quaisquer provas do resultado, alegando um conveniente “ciberataque golpista” ao sistema de urnas eletrônicas.

No entanto, a oposição alega que González derrotou Maduro nas urnas por 67% dos votos a 31%, dados respaldados por boletins de urna que a coalizão de partidos antichavistas publicou online. A oposição disse ter conseguido obter cerca de 80% do total de atas eleitorais, o que significa que, mesmo com os 20% ausentes, a vitória de seu candidato seria matematicamente irreversível.

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