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Parlamentares americanos entram com ação contra Obama

Para Congressistas, presidente decidiu atuar no conflito líbio de forma ilegal

Por Da Redação
15 jun 2011, 18h32

Parlamentares americanos entraram com uma ação contra o presidente Barack Obama nesta quarta-feira, em um tribunal federal de Washington. Eles acusam Obama de iniciar operações militares ilegais na Líbia, uma vez que ele não consultou o Congresso antes de mandar forças americanas atuarem no conflito.

Os autores do processo são dez legisladores dos dois partidos maioritários, encabeçados por Dennis Kucinich – do Partido Democrata, o mesmo de Obama – e pelo republicano Walter Jones. No documento, eles recriminam o presidente por ter envolvido “unilateralmente” as forças americanas na luta contra o regime de Muamar Kadafi, “sem uma declaração de guerra do Congresso”. A atitude representou, segundo eles, uma violação da Constituição americana.

Não é supreendente que os parlamentares estejam enfurecidos com o envolvimento americano na Líbia. Os Estados Unidos já gastaram mais de 715 milhões de dólares nas operações militares e humanitárias no país desde o início do conflito.

Defesa – O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, já havia advertido Obama na última terça, dizendo que o presidente não deveria continuar as operações militares na Líbia sem a autorização do Congresso. Boehner escreveu ao presidente pedindo que explicasse em detalhes a razão de não precisar do aval das duas Casas antes de iniciar operações no país africano, em março, como manda a lei de 1973 sobre “poderes de guerra”.

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Em sua defesa, a Casa Branca enviará ao Congresso documentos para explicar sua decisão, como sugeriu Boehner. Os papéis incluirão uma análise jurídica sustentando que Obama não excedeu seus poderes no conflito, afirmou nesta quarta o porta-voz da presidência dos Estados Unidos, Jay Carney. “O presidente agiu conforme a lei de poderes de guerra”, disse Carney.

Guerra- Enquanto isso, na Líbia, as forças de Kadafi bombardearam posições nas montanhas do oeste do país. Os ataques pretendiam segurar o avanço rebelde em direção à capital, já que, na manhã desta quarta, os insurgentes tinham vencido batalhas em três frentes e estavam chegando mais perto de Trípoli.

Um porta-voz rebelde na cidade de Nalut, chamado Kalefa, disse que não houve vítimas no bombardeio. “Mais de 20 foguetes Grad caíram na cidade. Eles bombardearam a partir de suas posições, cerca de 20 quilômetros a leste de Nalut”, afirmou.

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Contudo, segundo a rede de televisão estatal da Líbia, 12 pessoas morreram quando um ônibus foi atingido por um bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na entrada da cidade de Kikla, a 150 quilômetros de Trípoli. A emissora afirmou que bombas lançadas pela aliança ocidental acertaram também alvos civis e militares em Firnag, uma das áreas mais populosas da capital, e Ain Zara.

Otan – O empenho dos membros da Otan, porém, parece estremecido. Também nesta quarta, chefes de defesa da coalizão se reuniram em Belgrado para discutir a campanha militar na Líbia. O encontro ocorreu depois que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, acusou alguns aliados europeus de não estarem se engajando de maneira significativa na operação. De fato, alguns países da Otan relutam em comprometer mais recursos para manter os bombardeios nos próximos meses.

Um alto comandante da Otan pareceu ainda pôr em dúvida a capacidade de a aliança levar adiante uma intervenção de longo prazo. “Estamos realizando esta operação com todos os meios que temos. Se for para durar muito tempo, a questão dos recursos se tornará crítica”, disse o general Stephane Abrial, na noite de terça-feira.

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(Com agências Reuters, EFE e France-Presse)

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