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Paris e Mali: duas vertentes diferentes do terrorismo islâmico

Por Da Redação
20 nov 2015, 17h54

Uma semana após os atentados de Paris, que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos, um ataque a um hotel de luxo no Mali aumentou a sensação de insegurança em relação ao poder de ação dos extremistas islâmicos. É importante, porém, destacar que os dois eventos foram perpetrados por dois grupos diferentes. Na França, os terroristas eram membros do Estado Islâmico (EI), jihadistas que dominam parte da Síria e do Iraque. O sequestro de mais de 150 pessoas nesta sexta-feira em Bamako, capital do Mali, foi executado por um braço africano da Al Qaeda, grupo ‘rival’ do EI.

O Mali, que tem cerca de metade da população vivendo abaixo da linha da pobreza, funciona como um centro logístico para as forças francesas na África que ajudam governos locais a combater insurgentes islâmicos. Mas este fato, isolado, não cobre 100% das motivações dos terroristas. O Mali convive com conflitos regionais que têm não só componentes religiosos, mas também territoriais.

O nordeste do país, área correspondente a dois terços do território maliano, é disputado pela minoria tuaregue, grupo nômade que vive espalhado pelos países da região (Argélia, Mali, Níger, Chade, Burkina Faso, Nigéria e Líbia), que tenta fundar ali sua independência desde pelo menos a década de 50. Em abril de 2012, aliados a fundamentalistas islâmicos, os tuaregues se aproveitaram de um golpe de estado e declararam a região independente. Diante da instabilidade política no Mali, os tuaregues tentaram estender seus domínios.

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Para evitar que o grupo tomasse todo o país, uma coalizão militar liderada pela França expulsou os tuaregues e seus aliados jihadistas. Desde então, grupos terroristas formados por tuaregues extremistas ligados à Al Qaeda, como o Al Mourabitoun, atuam na região do Sahel, a faixa de terra que se interpõe entre o deserto do Saara e o sul equatorial da África. O Al Mourabiton, que assumiu a autoria do ataque ao hotel Radisson Blu, não vem, portanto, da mesma vertente terrorista que comandou os atentados em Paris.

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(Da redação)

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