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Para republicano, houve Holocausto porque judeus não tinham armas

Don Young, republicano do Alasca, utilizou o comentário como argumento para defender o armamento de professores nas escolas americanas

Por Da redação
Atualizado em 1 mar 2018, 17h49 - Publicado em 1 mar 2018, 10h42

O republicano do estado do Alasca e membro mais antigo da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Don Young, afirmou que os judeus “só foram colocados no forno” porque não estavam armados. Ele fez o comentário para justificar a necessidade de armar professores nas escolas e chamar atenção para os riscos do Controle de Armas.

O comentário foi feito há uma semana, em Juneau, a capital do Alasca, quando foi questionado sobre o que o governo deveria fazer para parar os tiroteios. “Quantas milhões de pessoas foram mortas a tiros porque estavam desarmadas? Cinquenta milhões na Rússia porque seus cidadãos não estavam armados. Quantos judeus foram colocados nos fornos porque estavam desarmados?”.

A porta-voz de Young, Murphy McCollough, afirmou nesta quarta-feira que a fala foi “totalmente tirada do contexto”. “Ele se referia ao fato de que quando Hitler confiscou as armas dos judeus alemães, eles foram menos capazes de se defender. Ele não estava dizendo que uma população judaica armada teria sido capaz de evitar os horrores do Holocausto, mas a mensagem pretendida é que desarmar os cidadãos pode ter consequências prejudiciais”.

Grupos judeus se manifestaram contra o comentário de Young. A Anti-Defamation League, uma organização que luta contra o antissemitismo afirmou em declaração que era “impensável sugerir que as armas de fogo pessoais nas mãos de um pequeno número de judeus da Alemanha (cerca de 214.000 restantes na Alemanha em 1938) poderiam ter parado a investida totalitária dos nazistas na Alemanha, quando os exércitos da Polônia, França, Bélgica e vários outros países ficaram sobrecarregados com o Terceiro Reich“.

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Esta não é a primeira vez que Don Young faz um comentário infeliz. Ele já é conhecido por essas falas. Em 2014, sua equipe teve de se desculpar depois que ele afirmou que suicídio mostrava falta de apoio da família e amigos. O comentário aconteceu após ele ser questionado sobre o que faria para combater os suicídios em escolas na época em que um aluno se matou em uma escola secundária do Alasca.

Ele também já esteve envolvido em episódios de racismo contra funcionários hispânicos e já afirmou a uma colega mulher que ela “não sabia sobre nada do que estava falando”.

Na semana passada, outra republicana fez um comentário sobre o massacre na Flórida que causou discussões. Claudia Tenney, de Nova York, disse em um programa de rádio que a muitos dos atiradores de massacres eram democratas.

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