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“Para conseguir a paz é preciso coragem”, diz papa aos presidentes israelense e palestino

Declaração do pontífice aconteceu durante um encontro entre judeus, cristãos e muçulmanos nos jardins do Vaticano

Por Da Redação
8 jun 2014, 18h53

O papa Francisco disse neste domingo aos presidentes israelense e palestino que eles têm que responder aos anseios de seus povos pela paz no Oriente Médio e encontrar força para perseverar sem desanimar com o diálogo. Durante a reunião, o pontífice afirmou: “Para conseguir a paz, é preciso coragem, muito mais do que para fazer a guerra.”

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Francisco fez seu apelo a Shimon Peres, presidente de Israel, e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), ao final de um encontro sem precedentes entre judeus, cristãos e muçulmanos nos jardins do Vaticano. Esta foi a primeira vez que os dois dirigentes se reuniram em público em mais de um ano.

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“Chegar à paz pede coragem, muito mais do que guerra. Pede coragem para dizer não ao conflito: sim para o diálogo e não à violência; sim para as negociações e não para as hostilidades; sim para o respeito pelos acordos e não aos atos de provocação; sim à sinceridade e não à duplicidade. Tudo exige coragem, força e tenacidade”, disse o papa.

Francisco afirmou que a busca pela paz é um ato de surprema responsabilidade diante de nossas consciências e de nossos povos e destacou que milhões em todo o mundo de todas as fés estão rezando junto com eles pela paz.

Encontro histórico – Durante a reunião deste domingo, os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmaram diante do papa Francisco que estão preparados para buscar a paz no Oriente Médio. O encontro, organizado nos jardins do Vaticano, aconteceu entre as copas das árvores e com vista para a cúpula da Basílica de São Pedro. O convite aos líderes foi feito por Francisco no mês passado, enquanto o pontífice visitava a Terra Santa.

Durante a cerimônia, judeus, cristãos e muçulmanos agradeceram pela criação, pediram perdão pelos pecados e, principalmente, invocaram a paz. Foram feitas leituras de salmos, da Bíblia, uma oração do rabino Nahman de Breslau, o “mea culpa” pronunciado em 2000 por São João Paulo II, um escrito de São Francisco de Assis e textos inspirados no Corão. Peças musicais criaram uma atmosfera íntima entre os dirigentes ao longo da reunião. Francisco se dirigiu aos líderes e afirmou que os filhos estão cansados e esgotados pelos conflitos e com desejo de paz. “Todos pedem a queda dos muros da inimizade e que seja tomado o caminho do diálogo e da paz para que o amor e a amizade triunfem”, ressaltou o papa.

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Em sua fala, Peres admitiu o quão difícil é conseguir a paz, mas pediu para lutarmos com todas as nossas forças para chegar a ela, ainda que para isso sejam necessários sacrifícios ou compromissos. O presidente de Israel disse ainda que a verdadeira paz pode se transformar em uma herança e garantiu que israelenses e palestinos anseiam por isso. “As lágrimas das mães sobre seus filhos ainda estão gravadas em nossos corações. Devemos pôr fim aos gritos, à violência, aos conflitos. Precisamos da paz. A paz entre iguais.”

O discurso mais político foi o de Abbas, que pediu ao vizinho – no caso, Israel – que garanta a liberdade para a Palestina, um estado soberano e independente. Segundo o líder, a reconciliação e a paz são objetivos do seu povo. “Aqui estamos, Deus, inclinados à paz. Mantenha nossos passos firmes e coroe nossos esforços e empenhos com o êxito”, disse Abbas. O presidente também revelou o desejo de que a Palestina, e Jerusalém em particular, sejam uma terra segura para todos os que têm fé, e um lugar de oração e veneração para os seguidores das três religiões monoteístas.

Abbas e Peres se cumprimentaram cordialmente na Casa Santa Marta, onde o papa Francisco os recebeu, e não hesitaram em irem juntos ao local da celebração. Em seguida, os dirigentes plantaram uma oliveira, a árvore símbolo da paz. Após o encontro, os três se reuniram em particular na Academia Pontifícia das Ciências.

(Com agências Reuters e EFE)

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