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Paquistão: Menina acusada de blasfêmia diz temer morte

'Eu tenho medo de qualquer um que possa nos matar', afirmou Rimsha Masih, acrescentando que nunca deixaria o país, onde a blasfêmia é um crime

Por Da Redação
12 set 2012, 13h21

A menina cristã Rimsha Masih, que foi acusada no Paquistão de queimar textos do Corão, livro sagrado dos mulçumanos, disse poucos dias após ter saído da cadeia, em entrevista à CNN, ter medo de ser assassinada por extremistas mesmo com o governo dizendo oferecer proteção.

“Eu tenho medo de qualquer um que possa nos matar”, afirmou, acrescentando, no entanto, que nunca deixaria o país, onde a blasfêmia é um crime passível de prisão perpétua e pode incitar o ódio religioso, sendo que não é raro resultar em agressões ou morte dos acusados e seus familiares. “Eu amo o Paquistão”, concluiu.

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Família paquistanesa passa em frente à casa da família de Rimsha Masih
Família paquistanesa passa em frente à casa da família de Rimsha Masih (VEJA)

O caso, que chamou a atenção de organizações de direitos humanos e de diversos governos ocidentais, sofreu uma reviravolta após a detenção do imã de uma mesquita de Mehrabadi por ter falsificado provas contra a menor. Hafiz Mohamed Jalid Chishti teria alterado as evidências ao colocar folhas arrancadas do livro na bolsa que continha as cinzas dos papéis que foram queimados pela menina, com o objetivo de expulsar os cristãos do bairro.

Legislação – A lei da blasfêmia foi estabelecida no período de dominação britânica para prevenir choques religiosos, mas foi nos anos 1980, com uma série de reformas feitas pelo ditador Zia-ul-Haq, que a prerrogativa começou a ser usada de forma abusiva. Existe uma crescente intolerância religiosa no Paquistão, que nos últimos anos registrou o assassinato do ministro cristão Shahbaz Bhatti, que havia se manifestado contra a lei de blasfêmia.

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(Com Agência France-Presse)

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