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Papa quer encontrar vítimas de abusos, diz Vaticano

Por Da Redação
9 abr 2010, 16h52

O Vaticano disse nesta sexta-feira que o papa Bento 16 está disposto a receber mais vítimas de abusos sexuais e reconheceu que a Igreja terá que ser mais cuidadosa na escolha de padres no futuro, para evitar casos futuros de abuso.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, reiterou uma oferta para receber vítimas formulada pelo papa em carta transmitida aos católicos da Irlanda no mês passado.

O papa já recebeu vítimas de abusos sexuais por parte de padres durante suas visitas aos Estados Unidos e à Austrália.

Respondendo à oferta, o grupo americano SNAP, que representa vítimas de abusos, diz que quer substância, e não símbolos. “Símbolos podem ser apropriados após uma crise, mas não durante a crise”, disse um líder do grupo.

Lombardi disse que o papa tem sido alvo de “insinuações infundadas” e que ele será capaz de guiar a Igreja “com retidão e certeza neste momento difícil”.

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A defesa do papa, feita na rádio Vaticano, é a resposta mais recente a uma série de acusações de que a Igreja acobertou e não reagiu adequadamente a casos de abusos de crianças cometidos por sacerdotes em vários países, às vezes durante décadas.

“Pensando para o futuro, a formação e seleção de candidatos ao sacerdócio, e de maneira mais geral das pessoas que trabalham em instituições educacionais e pastorais, são a premissa para uma prevenção eficaz de possíveis abusos”, disse Lombardi.

Ele acrescentou que a escolha de homens “dotados de maturidade saudável de personalidade, mesmo de um ponto de vista sexual, sempre foi um desafio difícil, mas o é ainda mais hoje”.

Abalado pela crise, o Vaticano vem acusando a mídia de travar “uma campanha desprezível de difamação” contra o papa. Alguns relatos da mídia acusaram o papa de negligência na reação a casos de abusos quando ele era cardeal na Alemanha e em Roma.

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Vaticano nega acobertamento – O Vaticano negou qualquer acobertamento do abuso de 200 meninos cegos nos EUA pelo padre Lawrence Murphy entre 1950 e 1974. O New York Times divulgou que o Vaticano e o cardeal Joseph Ratzinger, atualmente papa Bento 16, foram avisados sobre o padre, mas que este não foi afastado do sacerdócio.

Lombardi disse que o problema da pedofilia “não se limita à Igreja” e que as organizações noticiosas, incluindo as dos EUA, fariam bem em dar mais cobertura às estatísticas relativas à pedofilia em geral.

Líderes da Igreja vêm defendendo o papa, e, embora alguns grupos de vítimas tenham sugerido que ele deva renunciar ao pontificado, o Vaticano excluiu essa possibilidade, dizendo que a Igreja não pode ser comparada a uma empresa multinacional, em que o executivo-chefe deve pagar pelas falhas de seus subordinados.

(Com agência Reuters)

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