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Papa: massacre armênio foi “1º genocídio do século XX”

Em resposta, Turquia convoca embaixador da Santa Sé em Ancara

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h36 - Publicado em 12 abr 2015, 12h44

O papa Francisco descreveu o massacre de 1,5 milhão de armênios como “o primeiro genocídio do século XX”, em missa pelo centésimo aniversário do conflito, neste domingo. A Turquia reagiu rapidamente à fala do papa, convocando o núncio (embaixador) da Santa Sé em Ancara como protesto. Turcos muçulmanos admitem que muitos armênios cristãos morreram em confrontos com os soldados otomanos no início de 1915, quando a Armênia era parte de um império governado a partir de Istambul, mas não aceitam que o caso seja classificado como genocídio.

Essa foi a primeira vez que um papa pronunciou publicamente a palavra “genocídio” em relação ao massacre, repetindo um termo usado por alguns países europeus e sul-americanos, mas evitado pelos Estados Unidos, entre outros, para manter as boas relações com um aliado importante. Em 2001, o papa João Paulo 2º e o patriarca supremo da Igreja Apostólica Armênia, Karekin 2º, chamaram o ocorrido de “o primeiro genocídio do século XX” num comunicado conjunto.

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Massacre – Na missa celebrada neste domingo, na Basílica de São Pedro, Francisco referiu-se ao “massacre sem sentido” de cem anos atrás como “o primeiro genocídio do século 20”, seguido pelo “nazismo e pelo stalinismo”. “É necessário, e inclusive um dever, honrar a memória deles, pois quando a memória se apaga, isso significa que o mal permite a ferida inflamar. Esconder ou negar o mal é como permitir que uma ferida continue sangrando sem trata-la!”, afirmou. Os comentários foram também publicados pelo gabinete do presidente da Armênia, Serzh Sargyan, neste domingo.

Em comunicado, o governo turco afirmou que a fala do Papa contradiz sua própria mensagem de paz e diálogo transmitida durante uma visita à Turquia em Novembro. O texto do ministério de Relações Exteriores expressa ainda “grande desapontamento e tristeza”. A Turquia considerou que a mensagem do Papa foi discriminatória. O comunicado alega que o Papa destacou o sofrimento de armênios cristãos e não de muçulmanos e outros grupos religiosos.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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